O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho aos seus ministros nesta quinta-feira (4) nos últimos dois meses de trabalho, e deixou claro que nenhum deles está garantido na próxima formação ministerial de sua sucessora, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT). Lula fez a afirmação durante a primeira reunião ministerial de seu governo após as eleições.
“Nenhum ministro e nenhum partido tem vaga garantida no seu ministério. O ministério não é de nenhum ministro e nem de nenhum partido que está neste ministério e este processo de indicação é da presidente eleita e que, certamente, acreditamos, vai respeitar a composição política e a coalizão”, disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha sobre a fala do presidente Lula na reunião.
Após a confirmação nas urnas da vitória de Dilma Rousseff, as especulações políticas em Brasília giram em torno de possíveis nomes para ocupar as principais pastas do novo governo.
O presidente também determinou que nenhum dos ministros saia de férias até 31 de dezembro para se dedicarem ao fechamento de marcos regulatórios, como os das áreas de Mineração e Comunicação; à confirmação da agenda de inaugurações e às entregas das obras de infra-estrutura e transportes.
Legado
O presidente pediu à Casa Civil que encerre um documento chamado de “legado dos oito anos de governo”, que será registrado em cartório e será publicado como a "última contribuição" dos dois mandatos do governo petista à sociedade brasileira.
Também caberá ao ministro-chefe da Casa Civil, Carlos Esteves, a missão de ser o interlocutor do Planalto da equipe de transição do governo com a equipe de Dilma.
Lula anunciou aos ministros que, ao sair do governo, irá se dedicar à reforma política, dentro do PT e também irá articular com outras legendas para que apresentem ao Congresso Nacional uma proposta neste sentido.
Durante a reunião, não foram discutidas novas medidas econômicas do governo federal para enfrentar o que chamam de “guerra cambial” e a supervalorização do real frente à moeda norte-americana. “As medidas adotadas pelo governo já estão surtindo efeito”, resumiu Padilha.
Com relação ao contato com o Congresso, que deve retomar as atividades, na próxima semana, o ministro destacou que a prioridade do governo é a aprovação do orçamento e a conclusão da aprovação das propostas do marco regulatório do pré-sal, que Padilha diz acreditar que ainda seja feita neste ano.
“Tem uma decisão do governo, nós conversamos inclusive com os líderes, nós queremos aprovar o orçamento e o pré-sal este ano. Essa é a orientação”, frisou.
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