Na internet, é possível comprar de tênis a computadores, de colchões a bicicletas, de autoramas a meteoritos. Sim, meteoritos. Impulsionado por descobertas recentes, principalmente na África e na península árabe, o comércio de pedras espaciais em e-Bays astronômicos e feiras abastece colecionadores ao redor do mundo e movimenta cerca de US$ 1 milhão. Com o número de cartão de crédito e entrega garantida na casa do comprador, sites de venda pedem milhares de dólares por alguns meteoritos. Seria mais um comércio exótico na rede. O problema é quando os vendedores infringem as leis do país em que as pedras foram encontradas. Alguns trazem exemplares que nem mesmo pesquisadores da área tiveram acesso - e os colocam à à disposição de quem quiser pagar até U$ 15 mil por uma rocha que caiu do céu.
Em 2009, fragmentos da cratera de Gebel Kamil, no Egito, formada pela queda de um meteoro há cerca de 5 mil anos, começaram a pipocar em feiras e sites de vendas. A novidade atraiu compradores e acendeu a polêmica sobre a legalidade desse comércio. A cratera era um segredo guardado pelos cientistas que a descobriram mas, enquanto eles faziam sua pesquisa, caçadores de meteoritos ficaram sabendo da descoberta. No starbits.com, site que vende esse tipo de material, um dos pedaços que supostamente são de Gebel Kamil, chega a custar US$ 1,6 mil. A venda é legal, mas os cientistas não sabem como os fragmentos chegaram ao mercado. "Nos casos em que há roubo e contrabando de meteoritos, o prejuízo para a ciência é enorme", diz o geólogo Ralph Harvey, da Universidade de Case Western Reserve, nos EUA. Harvey é chefe de um grupo de cientistas que busca meteoritos na Antártida, continente que concentra 70% das quedas registradas de bólidos espaciais. "Perdemos a chance de estudar pedras que podem nos ajudar a entender mais sobre a origem e a composição do Universo, das galáxias e planetas."
Para se ter uma ideia da importância desse estudo, é graças aos meteoritos do tipo acondritos, que vêm do interior de planetas extintos, que sabemos que o núcleo da Terra também é feito principalmente de ferro e níquel. Essas pedras ainda ajudaram na datação do Sistema Solar, feita com base no condrito mais antigo já encontrado, com 4,56 bilhões de anos.
1 Comentário(s).
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Mauro Lúcio de Oliveira 10.11.13 18h07 | ||||
Boa tarde! Meu nome é Mauro, sou professor de Geografia em São Mateus ES, e no dia de hoje (10/11/2013), quando passeava por uma praia semi deserta, encontrei uma rocha que acredito ser um meteorito. Tem o tamanho um um paralelepipedo e está com pequenas conchas. Gostaria de enviar fotos para análise. Como farei para enviar fotos? Ainda não havia visto esse tipo de rocha ou meteorito. Acredito que tenha caído no mar e o mar o levou até à praia. Aguardo resposta. Contato: [email protected] Professor Mauro Lúcio de Oliveira | ||||
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