Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
PROTESTO NA UFMT
07.03.2013 | 10h10 Tamanho do texto A- A+

Estudantes são autuados por resistência e lesão contra PMs

Seis universitários foram levados à delegacia; protesto era por moradia

Divulgação

Protesto na tarde de quarta-feira, na Av. Fernando Correa, terminou com feridos e muitas prisões

Protesto na tarde de quarta-feira, na Av. Fernando Correa, terminou com feridos e muitas prisões

DA REDAÇÃO
Os seis estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) detidos durante uma manifestação, no início da tarde desta quarta-feira (6), na Avenida Fernando Correa, em Cuiabá, foram autuados pelos crimes de resistência à prisão, perturbação da ordem pública e lesão corporal contra policiais militares.

Os universários entraram em confronto com policiais militares da Rotam, após fecharem uma pista da avenida, no sentido Coxipó-Centro, para protestar contra o fechamento de vagas nas casas de estudantes mantidas pela UFMT, no bairro Boa Esperança.

Na Central de Flagrantes, para onde foram levado após a detenção, eles assinaram um termo circunstanciado (para crimes de menor poder ofensivo) e foram liberados. 

Os estudantes deverão comparecer a uma audiência já marcada, no Juizado Especial Criminal da Capital, onde haverá a transação penal. Os estudantes podem ser penalizados pela Justiça com a entrega de sacolões a entidades filantrópicas, havendo a opção de prestação de serviços comunitários.

Em relação aos 10 estudantes que sofreram lesão corporal, o delegado plantonista Richard Damasceno Lage entendeu que pode ter havido abuso por parte dos policiais militares, no momento da dispersão dos manifestantes.

Ele solicitou exame de corpo de delito e os laudos serão encaminhados para a Delegacia do Complexo do Planalto. “Fizemos a requisição dos exames e cabe a cada um decidir se faz ou não (o exame)”, explicou.

Em relação a advogada Ioni Ferreira Castro, não houve indícios de que tenha danificado a porta de entrada da sala de ocorrências da Polícia Militar.

Ela (a advogada) não teria força física suficiente para tal”, observou o delegado. Os policiais a acusaram de danificar a porta de entrada da delegacia. O mesmo procedimento o delegado tomou em relação ao advogado Marco Antônio. “Nada foi praticado pelos dois advogados”, informou.

Protesto e violência

Segundo a Polícia Militar, pelo menos 50 alunos fecharam uma pista da Fernando Corrêa da Costa, durante o protesto. Devido ao longo congestionamento que se formou local, a Rotam foi acionada.

Segundo a assessoria da PM, os estudantes usaram cavaletes de um canteiro de obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), próximo ao local da manifstação, e bloquearam a via por, pelo menos, uma hora e meia.

Ao MidiaNews, a coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Raíza Moraes, 21, afirmou que “muitos alunos foram atingidos por balas de borracha no rosto, perna, tórax e virilha”.

Uma equipe da UFMT enviou um carro ao local para socorrer os estudantes. Aqueles que tiveram ferimentos mais graves foram encaminhados ao Pronto-Socorro de Cuiabá.

A pró-reitora de Assistência Estudantil da UFMT, Míriam Serra, se dirigiu à unidade policial para auxiliar os alunos.

Segundo a estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT, Ana Raquel, a Polícia usou de truculência para interromper a manifestação.

“Eles nos mandaram sair e, na mesma hora, começamos a atender o pedido. Mas, eles não deram nem um minuto e começaram a atirar contra a gente”, afirmou.

A PM nega que tenha agido com violência gratuita. Por meio da assessoria, a base da PM no Boa Esperança, que participou da ação de retirada dos estudantes, afirmou que enviou 30 policiais ao local e que eles apenas reagiram à ação dos alunos.

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COMENTÁRIOS
24 Comentário(s).

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MARCO  08.03.13 07h42
Antes de serem estudantes, no local tinha apenas "crianças", os vídeos não deixam nenhuma dúvida, não existe argumento contra as imagens, ainda não vi essa ROTAM, desarticular nenhuma quadrilha de bandidos. mas para bater em estudantes indefesos.......
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Jeronimo Urei  08.03.13 07h30
Concordo plenamente com a Gabriela, nossos vizinhos (hermanos), argentinos, por exemplo, são extremamente politizados, já não posso dizer o mesmo de nós(brasileiros). Como assim? Vejam os comentários absurdos que foram postados em toda net apoiando a conduta dos PMs. A PM teria que ser chamada para desviar o transito e NEGOCIAR com os ALUNOS.
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maxi  08.03.13 02h06
Pelo comentário da Louise Mirtes dá pra confirmar como o povo é ignorante! Dizer que a UFMT é de graça é demais! Toda Instituição pública é mantida com o dinheiro de impostos pagos pelo cidadão. Até é coerente afirmar que o protesto numa avenida como a Fernando Correa, no atual momento, é passível de grande confusão e causa ódio para quem precisa trafegar por lá mas "quem não chora não mama".O poder público tem que ser provocado mesmo. E outra coisa, se todos nós que já pagamos impostos ainda tivessemos que dar jeito por própria conta quando o governo falha ai então seria melhor nem ter governo.
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CARLOS  07.03.13 17h51
DO QUE ADIANTA BLOQUEAR O TRANSITO NA AV. FERNANDO CORREA, PREJUDICANDO O CIDADÃO COMUM QUE JA ESTA CHEIO DE PROBLEMAS E SABE DOS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E NÃO PODEM FAZER NADA POR ESSES MANIFESTANTES!!! VOCE ACHA QUE O MINISTRO DA EDUCAÇÃO FICOU SABENDO DESSE EPISÓDIO??? SE FICOU ACHA QUE ELE FARA ALGUMA COISA??? PORQUE NÃO MONTARAM UMA CARAVANA PARA IR A BRASILIA FAZER SUAS REINVINDICAÇÕES???
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Rafaela  07.03.13 17h40
Rafaela, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas