Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
SUSPEITA DE FRAUDE
17.03.2014 | 15h00 Tamanho do texto A- A+

TRE dá 48 horas para coligação de Taques entregar ata

Carlos Abicalil alega que ata foi fraudada e espera herdar cadeira de senador

Reprodução

Carlos Abicalil luta para anular registro de candidatura de Pedro Taques

Carlos Abicalil luta para anular registro de candidatura de Pedro Taques

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou, na manhã desta segunda-feira (17), que os representantes da coligação “Mato Grosso Melhor pra Você” nas eleições de 2010 entreguem a ata original da reunião que substituiu os suplentes do senador Pedro Taques (PDT).

O representante da coligação, José Carlos Dorte, e os representantes dos partidos coligados (PDT-PSB-PV-PPS) terão um prazo de 48 horas a partir da intimação para entregar o documento à Justiça Eleitoral. Caso contrário, eles poderão responder criminalmente. O objetivo é fazer uma perícia grafotécnica na ata para verificar se ela foi fraudada.

A decisão foi dada em um agravo de instrumento protocolado pelo adversário de Taques, Carlos Abicalil (PT). O relator da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) movida pelo petista, José Luiz Blaszak, havia determinado a realização de perícia na ata.

Porém, de acordo com a assessoria do TRE, quando o hoje deputado estadual Zeca Viana (PDT) desistiu da suplência de Taques, uma nova ata de registro de candidatura foi feita e a cópia foi entregue à Justiça Eleitoral, o que é permitido pela Resolução nº 23221/2010 do TSE.

Como o documento original nunca foi entregue ao órgão, e sim apenas uma cópia, o juiz revogou a própria decisão e determinou uma busca e apreensão para recuperar o documento original – sem sucesso. É dessa revogação que Abicalil recorreu, para garantir a perícia na ata.

Se o registro de candidatura da chapa de Taques for revogado, o petista pode assumir a vaga dele no Senado, pois ficou em terceiro lugar nas eleições de 2010.

Imbróglio

Abicalil não é o único a contestar a veracidade da ata. O segundo suplente de Taques, o empresário Paulo Fiuza (SDD), entrou com ação em dezembro de 2013 alegando que a ata foi fraudada e que ele deveria ser o primeiro suplente da chapa, ao invés do policial rodoviário José Antônio de Medeiros (PPS), que detém a vaga.

Nesse processo, o representante José Carlos Dorte reconheceu que houve fraude, afirmou que não reconhecia sua rubrica em uma das páginas e cobrou que se descubra o responsável pela
adulteração.

Em dezembro de 2010, após a eleição de Taques, Dorte chegou a pedir a troca da ordem de suplência sob alegação de que houve erro da Justiça Eleitoral ao inserir os dados dos candidatos nas urnas.

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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jose arimateia  18.03.14 10h12
A coligação se desfaz quando termina o pleito, a ATA não precisa ser guardada eternamente, não existe legislação sobre isto.
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14
edson  17.03.14 23h08
Quem fala tanto em moralidade, precisa nesse momento provar que o discurso não é uma falácia. Oportunize a nós eleitores, a clareza dos fatos.
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gilberto souza  17.03.14 16h25
gilberto souza, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas