Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
DISPUTA NO MPE
27.10.2014 | 21h00 Tamanho do texto A- A+

Procurador propõe descentralizar ações do Ministério Público

Procurador e ex-corregedor geral afirma que é preciso rediscutir atual modelo de gestão

RDNews

O procurador Edmilson Pereira, que disputa o comando do MPE

O procurador Edmilson Pereira, que disputa o comando do MPE

ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O procurador de Justiça Edmilson Pereira, que disputa o cargo de procurador-geral de Justiça do Estado, afirmou nesta segunda-feira (27) que o Ministério Público precisa descentralizar suas ações e se aproximar da sociedade.

Pereira, que atua na procuradoria de Defesa da Cidadania e foi corregedor geral de 2007 a 2011, avaliou que, mais do que discutir um novo nome para assumir o órgão, é preciso mudança na instituição.

“Marcelo Ferra e Paulo Prado [ex e atual procurador-geral] tiveram a ousadia de propor muitas coisas, mas, necessariamente, o órgão precisa fazer, de forma constante e perene, uma reavaliação. Ambos realizaram avanços, principalmente na questão estrutural, mas agora precisamos conversar sobre outros pontos”, disse.

"Estou sugerindo um novo método de trabalho, que a instituição faça um processo descentralizado, que participe ativamente da vida funcional, tanto no que diz respeito ao quadro de servidores como da sociedade"


“Nesse sentido, estou sugerindo um novo método de trabalho, que a instituição faça um processo descentralizado, que participe ativamente da vida funcional, tanto no que diz respeito ao quadro de servidores, como da sociedade”, completou.

Além de Pereira e Prado, que tenta a reeleição, concorrem também o promotor Vinícius Gahyva, da 13ª Promotoria Criminal de Cuiabá, e o promotor Mauro Zaque, do Núcleo de Defesa da Probidade Administrativa e do Patrimônio Público.

Centrando sua proposta de gestão em 13 áreas, entre elas a reestruturação das unidades de execução, a descentralização orçamentária e a prioridade da área criminal, Pereira admitiu que há desafios.

Entre eles, os principais são a gestão coletiva, a motivação dos membros e servidores para dinamização do trabalho e a manutenção da postura voltada para os direitos do cidadão.

“O procurador-geral é eleito de dois em dois anos. O que significa dizer que a cada dois anos é preciso discutir qual é a prioridade daquele período. Não tem sentido se o procurador-geral não se sintonizar com as mudanças necessárias. Portanto, a minha linha é a próativa e  descentralizada, com participação dos servidores e da sociedade”, disse.

Leia mais sobre o assunto:

Prado, Gahyva e Pereira disputam chefia do Ministério Público

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Edmilson da Costa Pereira  28.10.14 13h15
Caro Edmar. Seu comentário contém alguns equivocos. Primeiro, não concordo que a atual gestão do Ministério Público, sob o comando do Dr. Paulo Prado tenha deixado as equipes sem coordenação. Os Promotores de Justiça enfrentam, diariamente, demandas relacionadas à defesa do consumidor, da saúde, do meio ambiente, criança e adolescente, etc.,além de exercer, com denodo,as tarefas relativas ao órgão na área criminal; 2. Quando à frente da COGER, servindo às gestões do Dr. Paulo Prado e Dr. Marcelo Ferra, não adotei nenhuma medida com impacto junto aos Promotores e Procuradores de Justiça, sem antes ajustar com os dirigentes; 3. O Promotor de Justiça tem prerrogativas, dentre as quais a independência funcional que fazem-no submisso às leis que deve cumprir, em prol da sociedade. Portanto, não se pode administrar a instituição enviando ofícios determinando atuação de colegas dessa ou daquela forma. É comezinho que o Promotor de Justiça possui instrumentos próprios para a lida diária; 4. A informação que você presta a respeito de verbas indenizatórias, além de improcedente, reflete um contexto ocorrido há mais de doze anos quando discutimos internamente a respeito da introdução desses benefícios, via Resolução do MP. Naquela oportunidade postei-me contra, defendendo qua tal deveria ser feito mediante lei, o que de fato ocorreu pelo empenho do então Procurador Geral de Justiça; 5. Tenho a honra de ter contribuído para a implantação nacional de uma política remuneratória aos membros do Ministério Público. Hoje, nossos subsídios e vantagens são formatados em âmbito nacional com a participação do Poder Legislativo a quem cabe a aprovação da matéria. Registro que a luta empreendida pelas entidades de classe para incorporação de benefícios foi marcante e exitosa no Ministério Público e em vários setores da administração pública. Por isso, defendo também, uma política remuneratória única para outras categorias que ainda não alcançaram essa equivalência, como professores, médicos, etc. Obrigado, todavia, pelas referências à minha proposta de introdução no Ministério Público do Estado de Mato Grosso de um modelo de gestão cada vez mais participativo.
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Elimar Vitor Galdino  28.10.14 07h38
Com certeza, se a eleição fosse decidida hoje pela sociedade, o doutor Edmilson seria o vencedor. Ele é pessoa extremamente honesta e que sempre desempenhou papel brilhante dentro do Ministério Público, trabalhando duro e pressionando os promotores a trabalharem, acompanhando de perto as estatísticas de cada promotoria. Combateu duramente o comodismo. Por diversas vezes Edmilson visitou cidades pelo interior do Estado, até pelo extremo norte (grupo very GREEN), e, em reunião com promotores, pressionava-os a produzir mais, a trabalhar mais para a sociedade, a desenvolver ações efetivas, com resultados positivos, fugindo da mera burocracia dos processos judiciais. Nessa época os promotores não tinham essa moleza que tem hoje não - eram dia a dia questionados e cobrados sobre o que estava fazendo, o que havia feito, o que havia deixado de fazer. O promotor tinha metas a cumprir todos os dias. Quando foi corregedor o Doutor Edmilson agiu sempre assim, queria ver e viu resultados. Mandava ofícios todos os dias para que os promotores prestassem explicações. Edmilson é também pessoa desapegada a riquezas materiais - é um verdadeiro franciscano, da linha dos samaritanos. Nas reuniões que fazia pelo interior anunciava que era contra o pagamento de auxílio moradia, auxílio transporte, auxílio alimentação, por entender que eram imorais e que o subsídio já estava bom demais. Outros órgãos recebiam, mas ele sustentava firmemente a ilegalidade e imoralidade desses benefícios, argumentando sempre que a instituição tinha que dar exemplo. Ele e o Roberto Turin seguravam juntos essa grande bandeira. Não tenhamos dúvida de que com esse honestíssimo cidadão no comando do Ministério Público esse órgão vai trabalhar muito mais, vai dedicar-se aos planos e objetivos que serão traçados como metas por ele e diariamente os promotores serão cobrados a cumpri-lo, e serão abolidos esses benefícios imorais e atentatórios à dignidade de todos nós. O Ministério Público vai se tornar um órgão mais produtivo e econômico. Essa renovação combina com o desejo de mudança da população, claramente demonstrada nas urnas.
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