Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
DECISÃO
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Juiz federal libera contrato e obras do VLT em Cuiabá

Sistema custará R$ 1,4 bilhão; ação continua a tramitar e MP pode recorrer

Thiago Bergamasco/MidiaNews

O juiz federal Julier Sebastião da Silva

O juiz federal Julier Sebastião da Silva

RAMON MONTEAGUDO / LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O juiz federal Julier Sebastião da Silva acaba de revogar a decisão liminar que suspendeu o contrato e a execução das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilho) em Cuiabá e Várzea Grande.

Com isso, as obras poderão ser reiniciadas a partir de hoje (16). O sistema está orçado em R$ 1,4 bilhão e compreende 22,2 quilômetros de trilhos, em dois eixos (CPA-Aeroporto e Coxipó Centro).

"Com efeito, ante provas produzidas por ambas as partes, e por este juízo, autorizo a continuidade do empreendimento objeto da lide, mantendo os financiamentos pertinentes", diz trecho da decisão (confira a íntegra anexada abaixo do texto).

"A decisão foi prudente e revela o bom senso do juiz, sobretudo face às provas apresentadas"

O juiz mandou oficializar a Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvmento Econômico e Social), orgãos financiadores do empreendimento.

"Na fase em que se encontra o vertente auto, não há elementos suficientes para afastar-se definitivamente a existência ou não de possíveis ilegalidades no procedimento de escolha do modal e que exclua da apreciação do Poder Judiciário sua análise, persistindo, portanto, interesse de agir quanto a este ponto. Constata-se, porém, do conjunto probatório até então elaborado, que a existência de provável fraude da Nota Técnica (nº 123/2011/Ministério das Cidades), por si só, também não se constitui elemento apto a nulificar todo o procedimento para a escolha do modal, seja porque referido documento não é vinculativo, seja porque, nos termos da Matriz de Responsabilidade, a atuação da União Federal através do Ministério das Cidades cinge-se a aspectos gerais, notadamente quanto aos compromissos assumidos pelos entes da federação que sediam o evento esportivo –FIFA-Copa 2014", afirmou Julier em sua decisão.

"Bom senso"

"A decisão foi prudente e revela o bom senso do juiz, sobretudo face às provas apresentadas. Esta decisão atendeu os anseios do Estado e da população, pois há projetos exequíveis, há estudos e o sistema VLT será realizado dentro do cronograma", afirmou o procurador-geral do Estado, Jens Prochnow.

O Ministério Público poderá recorrer da decisão no TRF (Tribunal Regional Federal), em Brasília. A partir de agora, o processo vai tramitar em seu rito normal, na Justiça Federal, até julgamento do mérito.

A suspensão das obras foi decretada no último dia 7 de agosto, pelo juiz Marllon Sousa, que substituia Julier na ocasião. Ele acatou ao pedido feito pelo Ministério Público Estadual e Federal, por meio de ação civil.

A alegação é de que houve irregularidades e ilegalidades na mudança do modal de transporte público para a Copa do Mundo de 2014.



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63 Comentário(s).

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Willian Dalazem  17.08.12 16h39
É lamentável que se desqualifique as provas apresentadas, espero e acredito sinceramente que o MP não pare por ai, se trata de uma decisão politica e não jurídica.
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Daniel   17.08.12 14h53
Parabéns Julier, pq este VLT não é p Copa, é p o povo de MT, se Jesus não voltar até lá, Cuiabá continuará sua história!!!
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Vanessa  17.08.12 14h35
Para Vinicius. Vc não respondeu minha pergunta: VOCÊ deixará seu carro em casa para usar o VLT? O trecho é muito curto, as pessoas ainda precisarão usar o transporte público para saírem de suas casas e chegarem aos seus locais de trabalho. Por que não usar essa quantia exorbitante de dinheiro que será investido no VLT e melhorar as redes de onibus, com carros melhores, vias rápidas, pontos de espera protegidos do sol e da chuva, para que o maior número possível de pessoas sejam beneficiadas?? Eu vou continuar usando meu carro sim, porque o VLT estará a quilometros de onde eu moro, de onde eu trabalho, da escola dos meus filhos, do supermercado que eu frequento. E quantas pessoas ficarão nessa mesma situação. Quem tem pena de vc sou eu.
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Antonio  17.08.12 10h17
Parabens ao nobre juiz dr.Julier, agora cá pra nós,,,,esse trem vai vingar ou não????????se não for, pelo chamam uns Gaúchos e aproveitam as valetas já abertas para fazer um belo churrasco.
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Claudio  17.08.12 09h31
Luiz Claro, você fala de Mato Grosso, mais esquece de dizer que na divisão do Estado, Mato Grosso ficou com todas as dividas financeiras que na época o governador investirá em Campo Grande e boa parte do MS, vocês ficaram sem dívidas, e até hoje muitos campograndensses recebem pensões pelo Estado de Mato Grosso e não gastam um centavo aqui. e Quanto Deus dá asa a quem não sabe voar, é mito, Deus da asa e tudo a quem tem competência e não é arrogante. atrasado é não ter identidade própria, querem ser paulistas e não teem competência. Vocês são sangue matogrossense, filhos de uma separação. E até hoje o governo federal não pagou o que de a Mato Grosso. Lembrando ainda, estamos acima de vocês, olhem o mapa.
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