LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) informou, nesta quinta-feira (7), que o Comando da Polícia Militar já começou a investigar a atuação dos policiais que participaram da ação para coibir o protesto de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na tarde de quarta-feira (6).
O comandante-geral da PM, coronel Nerci Adriano Denardi, montou uma comissão para investigar o caso.
“O coronel Denardi já tomou as providências e instalou uma comissão para levantar os procedimentos que foram abertos sobre o episódio de ontem. Eles vão trabalhar em cima dos boletins de ocorrência e depoimentos. O comandante vai instaurar processos administrativos e apurar tudo, tanto com relação ao ocorrido com os estudantes como com os advogados”, disse o governador, em entrevista coletiva, no Palácio Paiaguás.
O protesto, que terminou com vários estudantes presos e feridos, ocorreu no cruzamento da Avenida Fernando Corrêa da Costa com a Rua Alziro Zarur, ao lado da universidade.
Os estudantes protestavam contra o fechamento de 50 vagas nas casas de estudante mantidas pela UFMT.
O confronto entre policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) e os estudantes deixou, pelo menos, 10 manifestantes feridos, e outros seis foram detidos.
Dois advogados que acompanharam os estudantes detidos também foram presos e relataram ter sofrido agresões físicas, no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto.
Silval lamentou o episódio de violência, mas evitou opinar sobre os métodos da ação policial.
“Infelizmente, esse episódio deixa a todos nós tristes. Eu vi os vídeos hoje de manhã, e só posso dizer que é muito triste. Mas, a PM age de acordo com as circunstâncias. Da mesma forma que os alunos estão relatando cenas de agressão, os policiais dizem que receberam pedradas. Então, os processos administrativos vão apurar tudo o que aconteceu de fato”, completou o governador.
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