Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
SETAS NO ALVO
05.05.2014 | 17h30 Tamanho do texto A- A+

Gaeco já ouviu 17 pessoas; 1ª dama pode ser convocada

Empresário Paulo Lemes e secretário Jean Estevan irão prestar depoimento

MidiaNews

Promotor de Justiça, Marco Aurélio, coordenador do Gaeco: investigação na Setas

Promotor de Justiça, Marco Aurélio, coordenador do Gaeco: investigação na Setas

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Os promotores de Justiça do Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público Estadual, já ouviram 17 pessoas relacionadas à “Operação Arqueiro”, que investiga supostas irregularidades em contratos firmados com a Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social (Setas).

Segundo uma fonte do Gaeco, as pessoas já interrogadas são servidores públicos estaduais e dirigentes ligados aos institutos de Desenvolvimento Humano (IDH) e Concluir.

São justamente os contratos dessas dois institutos que são os alvos principais do Gaeco.

Segundo apurou a reportagem, o Gaeco não descarta a possibilidade de convocar a primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa, para depor. Ela comandou a Setas de abril de 2010 a fevereiro de 2014, período em que a maioria do contratos foram assinados.

Na próxima quarta-feira (7), vão prestar esclarecimentos o atual secretário da pasta, Jean Estevan de Oliveira; a secretária-adjunta de Trabalho e Emprego da Setas, Vanessa Rosin; o secretário-adjunto de Assuntos Comunitários da Setas, Benjamin Franklin; e o empresário Paulo Lemes, proprietário das franquias da Microlins em Mato Grosso e alvo de investigação do Gaeco.

Lemes seria, também, o "dono" dos dois institutos.

Tony Ribeiro/MidiaNews

Na manhã de hoje, o Gaeco continuava realizando oitivas relacionadas à "Operação Arqueiro"


Conforme o Gaeco, a convocação de Roseli depende da oitiva que será realizada com Estevan.

Tony Ribeiro/MidiaNews

A primeira-dama Roseli Barbosa, que deve depor perante o Gaeco

Ao que consta nas investigações, apesar de gerir a pasta e ter o nome publicado nos extratos de convênio firmados com os institutos, os documentos estariam originalmente assinados apenas por Jean Estevan, que, na época, ocupava o cargo de secretário-adjunto.

Oitivas


Cada depoimento prestado, até agora, durou cerca de uma hora e meia e deu detalhes sobre os contratos sob investigação, assim como os serviços que teriam sido prestados – como cursos, treinamentos, distribuição de apostilas, entre outros – nos cursos de qualificação para a Copa do Mundo, como “Copa em Ação” e “Qualifica MT”.

De acordo com a fonte do Gaeco, até o momento, os depoimentos têm confirmado a tese sustentada na investigação de que Lemes seria dono dos institutos investigados – Microlins, IDH e Concluir – e que foram usados para obtenção de contratos milionários com o Governo.

A investigação deverá comprovar se o único crime cometido foi o de falsidade ideológica, com o propósito de vencer as licitações sem risco de concorrência, ou se também houve peculato (desvio de dinheiro público).

Extrato de contas


Apesar de o governador Silval Barbosa (PMDB) afirmar que todos os documentos solicitados pelo Gaeco antes da deflagração da operação foram encaminhados pelo Estado, a fonte do Gaeco afirmou que faltavam peças essenciais para a investigação.

Como, por exemplo, extratos de contas e pagamentos, o que motivou a solicitação dos mandados de busca e apreensão na sede da pasta, no Centro Político Administrativo (CPA).

Busca e apreensão

Na última terça-feira (29), o Gaeco passou cerca de seis horas realizando buscas e vasculhando salas na Setas, onde foram apreendidas centenas de documentos e mídias (arquivos de computadores).

Segundo o órgão, no total, os institutos investigados receberam, nos últimos dois anos, cerca de R$ 20 milhões do Estado, por meio de convênios e contratos firmados com a Setas.

Leia mais sobre o assunto:


Gaeco analisa documentos e suspeita de desvio de dinheiro


Agentes do Gaeco deixam prédio da Setas às 20 horas

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Tony Ribeiro/MidiaNews

Operação Arqueiro

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Nelson  06.05.14 08h50
A qualificação de qualquer entidade outorgada como OSCIP, que é organização sem fins lucrativos, é de acordo com a Lei Federal Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999. Quem qualifica é o Ministério da Justiça portanto cabe a justiça federal investigar a outorga verificando se as organizações cumprem com os requisitos elencados na lei e decretos regulamentadores. Policia Federal e MPF deveriam participar nas investigações da Microlins e das OSCIPS.
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