O ministro José Dias Tóffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para que o senador Blairo Maggi (PR) tivesse sua residência e escritório alvos de busca e apreensão pela Polícia Federal, durante a quinta fase da “Operação Ararath”.
Ele também negou busca e apreensão no gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB). As informações são do
FolhaMax.
Segundo o MPF, o senador é suspeito de ter usado "instituição financeira clandestina" para obter empréstimos fraudulentos.
No pedido feito ao STF, o procurador-geral da República, procurador Rodrigo Janot, sustentou que Maggi teria usado as empresas Todeschhini Construções Ltda., do empresário João Simioni, e São Tadeu Energia Elétrica, dos empresários Mauro Carvalho e Ricardo Padilha de Borboun Neves, para obtenção de empréstimos milionários junto ao Bic Banco.
“A execução de busca e apreensão na casa de Éder Moraes e também no pai de Gércio Marcelino Mendonça, bem como declarações do colaborador premiado, revelaram que parte destes recursos obtidos se destinava a Blairo Maggi, para prática espúrias na política matogrossense”, argumentou o chefe do MPF.
O empresário Júnior Mendonça, alvo principal da PF, disse ao MPF que ainda possui valores a serem recebidos de Maggi.
O ministro Tóffoli, no entanto, negou o pedido para as buscas e apreensões no apartamento e sede do grupo Amaggi, em Cuiabá.
“Ao que se apresenta neste momento, não se justifica a medida extrema de busca e apreensão para se ver prevalecer a investigação criminal dada a inexistência, até neste momento, de maiores elementos que justifiquem sua adoção”, afirmou o ministro, em sua decisão.
Ele ressaltou que Júnior Mendonça disse nunca ter se reunido pessoalmente com o senador.
Gabinete de Silval
Dias Toffóli negou um outro pedido do MPF que queria que fosse feita busca e apreensão de documentos no gabinete do governador Silval Barbosa. O ministro autorizou apenas a colheita de documentos no apartamento do governador no Jardim das Américas, em Cuiabá.
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