LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Flagrado na madrugada do último domingo (17), com 20 comprimidos de ecstasy em um de seus bolsos, o estudante Carlos Eduardo de Alencastro Santana Lima, de 32 anos, ofereceu R$ 5 mil a policiais militares da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas).
A informação é do aspirante Marcos, policial responsável pela ação que resultou na prisão do suspeito de tráfico, na boate sertaneja Wood´s, em Cuiabá.
O policial contou à reportagem que não seria a primeira vez que Carlos Eduardo, conhecido como “Kadu”, venderia a droga na boate.

"O suspeito ficou desesperado, nervoso, e pediu para não ser preso. Ele chegou a oferecer R$ 5 mil para ser liberado"
Segundo ele, o serviço de inteligência da Rotam recebeu a informação de que um suspeito poderia tentar traficar ecstasy naquela noite.
“Um dos policiais recebeu a informação e organizamos a ação. Dois policiais ficaram à paisana, na entrada da boate, junto aos seguranças responsáveis pela revista. Ao ser abordado, foi encontrado uma caixa com 20 comprimidos azuis, no bolso de um dos clientes”, afirmou.
Em seguida, o suspeito foi levado para uma sala reservada, dentro da Wood´s.
“Os seguranças perguntaram se ele sabia o que eram os comprimidos. O suspeito ficou desesperado, nervoso, e pediu para não ser preso. Ele chegou a oferecer R$ 5 mil para ser liberado”, disse Marcos.
O aspirante contou que, na sequência, foi avisado da prisão e uma guarnição se dirigiu até a Wood´s.
“Chegando lá, conversamos com o Carlos Eduardo, que também me ofereceu dinheiro para não ser autuado. Nesse momento, o pressionamos para saber se havia mais droga com ele. E fomos até o carro dele, onde encontramos mais 32 comprimidos, sendo 20 azuis e 12 vermelhos”, relatou.
Interrogado sobre onde ele comprou a droga, Kadu afirmou que foi por meio de um intermediário, que manteria contato direto com o fornecedor.
Cada comprimido de ecstasy é vendido, em média, por R$ 50,00.
Droga da elite

"É uma droga elitizada, que vem sendo consumida com bastante intensidade na noite cuiabana"
O policial relatou que, em seguida, o suspeito de tráfico foi encaminhado ao Plantão Metropolitano de Cuiabá, antigo Cisc Planalto, onde foi autuado.
“Trata-se de crime inafiançável e ele permanecerá preso à disposição da Justiça”, afirmou o policial.
O aspirante da PM afirmou que “Kadu” não possui antecedentes criminais, mas que venderia a droga em outros locais, inclusive na Praça Popular, localizada no bairro em que mora.
“É uma droga elitizada, que vem sendo consumida com bastante intensidade na noite cuiabana”, afirmou.
Geralmente, a droga era consumida mais em festas raves, com música eletrônica.
A prisão foi registrada no boletim de ocorrência nº 2014/225546.