A delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), afirmou ter convicção de que Diego da Silva, de 20 anos, foi o autor do duplo homicídio das adolescentes de 14 e 16 anos, na madrugada do última dia 5 de outubro, no bairro Jardim Umuarama, em Cuiabá.
“Pelo depoimento contraditório dele, e as ameaças em redes sociais feitas à ex-namorada, a nossa convicção só foi crescendo. Ele enviou muitas mensagens de ameaça no celular da adolescente de 16 anos. O Diego também ameaçou o ex-cunhado e outras meninas que andavam com a sua ex-namorada. Por conta desses indícios, representamos pela prisão temporária dele”, afirmou a delegada.

"Ele enviou muitas mensagens de ameaça no celular da adolescente de 16 anos"
Outras medidas cautelares, como quebra de sigilo de telefônico, estão em andamento. Hoje ele será novamente interrogado e, no período da tarde, encaminhado para a Penitenciária Central do Estado, ou Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Carumbé.
Anaíde também afirmou que o depoimento das famílias ajudou nessa primeira parte do caso e que os outros nomes (Dodô e Sinohara), citados como suspeitos de participar da morte, ainda serão investigados.
"Amava tanto"Preso na manhã de hoje no Plantão Metropolitano de Cuiabá, local onde trabalha como auxiliar de serviços gerais, Diego negou participação no crime, mas durante entrevista afirmou que ameaçava as meninas via redes sociais.
“Porque iria fazer isso com uma pessoa que eu amava tanto? Não vou carregar essa culpa, não vou pagar por uma coisa que eu não fiz. Eu ameaçava, pra ver se ela ficasse com medo de sair por ai sem mim. Ela me humilhava e por isso eu ameaçava, dizendo que eu sabia com quem ela ia sair, pra onde ela ia, mas tudo isso era para que ela ficasse em casa”, disse Diego, que namorava a adolescente de 14 anos há dois.
Aos jornalistas, Diego disse que não sabia o motivo de estar preso - e que se fosse o assassino teria fugido.
“Se eu fosse o verdadeiro assassino eu nem estava em Cuiabá mais. Eu não matei ninguém, não sei o porquê estou aqui algemado. Eu cheguei na casa onde elas foram mortas às 4 horas da manhã e pedi pros policiais me deixar entrar pra ver se era mesmo a minha mulher que estava ali, mas não fui o primeiro a chegar e nem matei ninguém. Lá do céu as meninas sabem que não sou eu”, disse.
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