Cuiabá, Sábado, 14 de Junho de 2025
OPERAÇÃO DO GAECO
18.11.2014 | 19h45 Tamanho do texto A- A+

Promotor diz que Walace pode ter participação em fraudes

Operação Camaleão, do MPE, só foi deflagrada após investigação de licitações na Prefeitura de VG

MidiaNews

Promotor de justiça Marco Aurélio de Castro, coordenador do Gaeco: o prefeito sabia das fraudes

Promotor de justiça Marco Aurélio de Castro, coordenador do Gaeco: o prefeito sabia das fraudes

MAX AGUIAR
DA REDAÇÃO
O coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Mauro Aurélio de Castro, afirmou que o Ministério Público, durante as investigações, viu indícios de participação do prefeito Walace Guimarães (PMDB) em supostas fraudes em licitações na Prefeitura de Várzea Grande.

“Quando o inquérito foi instaurado, nós não tínhamos conhecimento disso. Mas, durante as investigações, nós vislumbramos a possível participação do prefeito nas fraudes. Por isso, decidimos chamar outras instituições, como é o caso do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e Gaeco”, disse o promotor.

Por conta dessa investigação, o Ministério Público deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Camaleão, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo cinco em órgãos públicos da cidade, como foi o caso do gabinete do prefeito, no Paço Municipal Couto Magalhães.

Ao fim das buscas, foram apreendidos dez computadores, dois notebooks e mais de 20 caixas com documentações diversas.

De acordo com o MPE, a operação teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa instalada na Prefeitura Municipal de Várzea Grande para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude a licitação.

“Todo esse material arrecadado será analisado e quem tiver responsabilidade nesse elo criminoso vai ser responsabilizado", afirmou Marco Aurélio de Castro.

Segundo o promotor, as fraudes eram cometidas nas áreas de execução de contratos e em obras de edificações e reformas, envolvendo as empresas Carneiro e Carvalho Ltda. e Penta Locações.

Além de atestados falsos para habilitação no processo licitatório, o Gaeco disse ter encontrado irregularidades na execução dos contratos.

“O próprio Tribunal de Contas do Estado já havia deliberado em suspender o pagamento desses contratos e, paralelamente a isso, o Ministério Público, por meio do Gaeco e Naco, vinha investigando o perfil criminoso de quem estava gerindo esse contrato, assim como quem estava retirando o dinheiro ilicitamente do município de Várzea Grande”, acrescentou o promotor.

Após a análise dos documentos apreendidos, o MPE dará início às oitivas e interrogatórios dos investigados.

As buscas e apreensões foram realizadas nas secretarias de Administração, Assistência Social, Saúde, Viação Obras e Turismo, Serviços Públicos e Transporte, no gabinete do prefeito Walace Guimarães, no depósito e na sede da empresa Carneiro e Carvalho, em um escritório de contabilidade e em duas residências.

Prisão


Durante a operação, o irmão do prefeito de Várzea Grande, Josias Guimarães, foi preso por porte ilegal de armas e encaminhado à Central de Flagrantes.

Ele tinha em sua posse espingardas com calibres de uso restrito às Forças Policiais e Forças Armadas, pistolas, além de munições.

Até o começo da noite, ele continuava detido na delegacia.

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Paulo Henrique Carvalho Almeida  19.11.14 12h38
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celso  19.11.14 10h31
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CLAUDIO LAGES  19.11.14 10h28
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Ricardo  19.11.14 00h30
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