A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) está em época de eleições estudantis.
Diversas chapas disputam o comando da associação de estudantes, como são conhecidos os diretórios acadêmicos por lá. A campanha de uma delas, não muito amistosa com os estudantes brasileiros, chamou atenção nesta segunda (29). Em uma caixa de madeira cheia de pedras, lia-se a mensagem: “Grátis se for para atirar a um zuca que passou à frente no mestrado”.
O termo “zuca” é um diminutivo de brazuca, e “passou à frente no mestrado” sugere que os sul-americanos roubaram as vagas dos lusos na instituição. Eduarda Calado, recifense de 24 anos, é mestranda na faculdade e explica o ocorrido.
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“Ano passado a seleção para o mestrado abriu antes da licenciatura (graduação daqui) terminar e isso fez com que alguns portugueses só se inscrevessem na segunda oportunidade e, por consequência, muitos brasileiros entraram na primeira fase, que tinha mais vagas”, resume.
Incomodados com a provocação, “os brasileiros foram perguntar o que era, argumentando xenofobia. Os portugueses disseram que era brincadeira, humor”, conta Eduarda.
Por meio de nota, a FDUL afirma “ter orgulho de ser um espaço de liberdade de opinião” e que estes valores “devem coadunar-se com o respeito por todos os alunos”.
Fonte: https://vejasp.abril.com.br/cidades/universitarios-lisbos-pedras-brasileiros/
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