Cuiabá, Terça-Feira, 28 de Outubro de 2025
ASSASSINATO EM SINOP
12.05.2021 | 17h10 Tamanho do texto A- A+

Ainda sem respostas, mãe de chef pede audiência com secretário

Jornalista quer pedir mais celeridade nas investigações; ela espera resposta de Bustamante

Reprodução

João Guilherme e a mãe, jornalista Rose Velasco (detalhe)

João Guilherme e a mãe, jornalista Rose Velasco (detalhe)

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Sem resposta sobre o assassinato de seu filho - o chef de cozinha João Guilherme Velasco Pereira, no final de abril -, a jornalista Rose Velasco solicitou uma audiência com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, para pedir celeridade nas investigações.

 

João Guilherme foi morto no dia 28 de abril, em Sinop, após sair do restaurante Chalé do Italiano, onde trabalhava. Ele foi atingido com tiros na cabeça por criminosos em uma moto.

 

Desde então, Rose afirma que vem acompanhando de perto as investigações da Polícia Civil de Sinop. No entanto, após duas semanas, a jornalista afirma que a família não tem respostas sobre quem pode ter cometido o crime.

Seja qual for o motivo, não vale uma vida e ainda mais de um jovem cheio de vontade de viver, de ser cada vez melhor na sua profissão, de estar perto da sua família, de viajar, de crescer como ser humano e de ser feliz

 

Em entrevista ao MidiaNews, Rose conta que por causa da falta de respostas a família decidiu solicitar uma audiência com Bustamante para pedir mais agilidade nas investigações.

 

Segundo ela, a família se sente insegura por não ter respostas de quem poderia ser o autor e teme pela própria segurança.

 

“O motivo [da audiência] é reforçar o pedido de celeridade na resposta, pois a família e amigos sofrem com o fato de não sabermos a causa e a autoria, além dessa incerteza nos causar preocupação quanto à segurança de todos, em razão da covardia e da crueldade do crime”, afirma.

 

No momento, Rose aguarda a resposta do secretário sobre a data e horário disponível em sua agenda para marcar a audiência.

 

Avanço das investigações

 

Rose ainda contou que esteve em Sinop na semana passada e prestou depoimento na delegacia se colocando à disposição para auxiliar nas investigações.

 

Apesar de não permanecer no Município, a mãe afirma que está em contato permanente com os investigadores.

 

A reportagem não conseguiu contato com o delegado responsável pelo caso, Bráulio Junqueira.

 

Na semana passada, o delegado havia informado que ainda estava ouvindo testemunhas, mas adiantou que o chefe de cozinha não tinha inimigos, dívidas ou qualquer envolvimento com ilícitos.

 

“Até agora concluímos que ele era um cara tranquilo. Os amigos mais próximos que conviviam com ele não relataram nada. E se tivesse alguma situação, [os amigos] deveriam saber alguma coisa desse tipo”, afirmou à época.

 

Sentimento da família

 

“[A dor] jamais vai passar, acabar ou abrandar”. É assim que Rose descreve o sentimento de ter perdido seu filho.

 

Ao descrever o chef, ela conta que o filho era uma pessoa exemplar, apaixonado pela sua profissão e pela vida. Apesar de ser zeloso com a aparência, era humilde e não gostava de ostentar.

 

Criado pela mãe e cercado por pessoas que o amavam, Rose afirma que vê-lo morrer de forma tão cruel não era o destino que imaginava para o filho.

 

“Seja qual for o motivo, não vale uma vida e ainda mais de um jovem cheio de vontade de viver, de ser cada vez melhor na sua profissão, de estar perto da sua família, de viajar, de crescer como ser humano e de ser feliz, como todos querem, desejam e merecem”, afirma.

 

A luta de Rose no momento é que os culpados pelo crime sejam identificados o mais rápido possível. Não só pela segurança de sua família, mas também para trazer alívio às incertezas sobre o por quê de isso ter acontecido com seu filho.

 

Apesar de não poder ter o filho de volta, para Rose a conclusão do caso serviria como exemplo para mostrar que vidas não devem ser banalizadas e nem o sofrimento das famílias.

 

“Se mata por matar. Não há mais temor quanto às nossas leis e quanto ao sistema Judiciário brasileiro. O temor, ou o medo, é o que nos limita a fazer determinadas coisas, consideradas erradas, ilegais ou imorais ou anti-ética. E isso parece não ser mais um limite para muitos. Queremos saber a verdade, saber a autoria e saber quem são os executores”, finaliza.

 

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