Passados dois meses do desaparecimento da menor Maiana Mariano Vilela, 16, ainda é um grande mistério o seu paradeiro, tanto para a Polícia como para seus familiares.
A adolescente foi vista pela última vez no dia 21 de dezembro, quando saiu de casa no CPA II, para trocar um cheque de R$ 500, em uma agência do Banco Itaú, localizada no mesmo bairro.
As investigações são conduzidas pelo setor de desaparecidos da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), sob a responsabilidade do delegado titular, Silas Caldeiras.
A última tentativa para desvendar o mistério que envolve o desaparecimento da estudante foi a quebra de sigilo telefônico, solicitado pela Polícia Judiciária Civil (PJC), no final do mês de dezembro.
A Justiça atendeu ao pedido no final de janeiro. As investigações sobre são mantidas sob segredo de Justiça.
Em entrevista ao MidiaNews, na quarta-feira (22), a mãe da menor, Sueli Mariano,47, revelou que a quebra do sigilo telefônico não auxiliou nas investigações. “Eu conversei com o delegado, ele me disse que a quebra de sigilo telefônico não ajudou em nada. Não tinha ligações da Maiana para lugares diferentes. E nenhuma ligação de pessoas ligadas a ela. Eu tinha a esperança que isso ajudasse a encontrar a minha filha”, disse Sueli.
MidiaNews apurou que, além do celular que era usado pela menor, foi solicitada a quebra do sigilo de mais três pessoas relacionadas com Maiana. Estão relacionados como principais suspeitos, no contexto das investigações, o empresário Rogério Silva Amorim, 38, que era namorado da menor; e a esposa dele, Calisângela de Morais, 36; além da mãe da garota.
Sueli disse ainda que o delegado informou que não há novas pistas a serem seguidas, mas admitiu que as investigações seguem de forma lenta.
“Depois de dois meses, sem pistas de onde ela esteja ou do que possa ter acontecido, nas buscas vão diminuindo. Ela vai continuar como desaparecida até que alguma novidade. Não perdi totalmente a esperança de encontrar a minha filha, mas, a cada dia que passa, vai diminuindo. Ficou um vazio muito grande em minha vida”, revelou a mãe.
Desaparecimento premeditado
A mãe de Maiana não escondeu a mágoa que tem do ex-namorado da menor, o empresário Rogério Silva Amorim, 22 anos mais velho que a adolescente. A diarista chegou a levantar a hipótese de o desaparecimento da filha ter sido planejado pelo empresário.
O relacionamento conturbado de Maiana com o Rogério gerou muitas especulações, na época do desaparecimento. Um dos motivos é, que mesmo namorando com a menor, e dividindo a mesma casa, ele que mantinha uma relação com a esposa.
A Polícia chegou a divulgar que o empresário passou as festas de fim de ano em companhia da esposa. Rogério chegou a dizer à delegada Anaíde de Barros, que, inicialmente, conduziu as investigações, que pretendia terminar o namoro com a jovem, assim que ela reaparecesse. A justificativa seria que ele teria perdido vários contratos comerciais, após a repercussão do desaparecimento de adolescente.
“Hoje, eu vejo que tudo aconteceu de forma muita estranha. Depois que a minha filha desapareceu, o Rogério nunca mais veio na minha casa, nunca me procurou. Até penso que ele me deu as passagens para eu viajar pro Paraná e não estar aqui, quando isso ocorresse. Não estou acusando ninguém, mas também não posso fingir que isso não passe pela minha cabeça”, disse Sueli.
Outra reclamação da mãe da adolescente é sobre a conduta de Rogério, que teria mentido para todos sobre a separação com a esposa, Calisângela Moraes.
“Ele mentiu para todos nós que estava separado. Quando soube que ele estava se envolvendo com a minha filha, eu perguntei sobre a esposa e disse que não ia permitir o namoro. Eles ficaram se encontrando escondido; depois, ele me garantiu que tinha se separado, que amava a minha filha e ia se casar com ela. Ele acabou levando ela para morar com ele, divida a casa, inclusive, com a mãe, que devia saber de toda essa mentira. Agora, vejo que ele usou a Maiana e jogou fora. Logo depois que minha filha desapareceu, ele já estava desfilando numa boa com a mulher. É muito estranho toda essa situação”, analisou a diarista.
Sueli alega ainda que a forma como o caso foi tratado fez com que a as pessoas se voltassem contra ela e contra a própria Maiana.
“Tudo que foi falado nos jornais, pela Polícia e pelo Rogério, fizeram com que todos se voltassem contra nós. Eu fui responsabilizada por não ter cuidado da filha e a Maiana ficou como uma irresponsável, que vivia fugindo de casa. Isso foi o Rogério que disse para a polícia, mas não é verdade. Ela nunca saiu de casa sem avisar”, disse.
Sobre o comportamento de Rogério, Sueli acredita que o empresário não tomou o devido cuidado com Maiana e a deixou exposta a riscos contra a sua integridade física.
"Eu sempre disse a ele para cuidar da minha filha, para não envolvê-la em problemas. E ele não fez isso, deixou Maiana correr risco e agora tirou o corpo fora, como se ele não tivesse nada com a história. Não sei, realmente, o que aconteceu, mas ele deve ter alguma responsabilidade sobre isso. Porque ele tirou ela de minha casa e não me devolveu, fiquei sem minha filha e pouco posso fazer. Não tenho dinheiro e, nesses casos, ter dinheiro resolve muita coisa", desabafou.
Procura-se
Policiais da DHPP informam que qualquer pessoa que tiver informação sobre a localização de Maiana pode informar à Polícia, sem se identificar.
As ligações podem ser feitas aos telefones 65-3901-4825/65-3901-4823 ou nos prefixo 190 ou 197.
A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
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1 Comentário(s).
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Jardim 26.05.12 12h17 | ||||
É.... coração de mãe não se engana... | ||||
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