Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Dezembro de 2025
ALVO DO GAECO
14.06.2015 | 21h50 Tamanho do texto A- A+

Avião alvo do Gaeco pertence a condenado à prisão no Mensalão

A aeronave está na declaração de bens de Pedro Henry ao Tribunal Superior Eleitoral

Reprodução

Segundo Gaeco, avião pertence ao ex-deputado federal Pedro Henry (foto ilustrativa)

Segundo Gaeco, avião pertence ao ex-deputado federal Pedro Henry (foto ilustrativa)

DA REDAÇÃO
Uma das aeronaves que foi alvo de busca e apreensão pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), na manhã desta sexta-feira (12), na Operação "Overbooking", pertence ao ex-deputado federal Pedro Henry.

Trata-se de uma aeronave modelo PA-28R-200, número de série 28R-7435321, prefixos PT-KNL. Segundo fonte do Gaeco, o avião está registrado em nome do ex-deputado.

Henry relacionou a aeronave na declaração de bens feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2010. O valor do avião foi declarado em R$ 55 mil.

Ex-secretário de Estado de Saúde, Henry foi um dos condenados à prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por participar do esquema conhecido como Mensalão.

A pena é de 7 anos e 2 meses, mais multa de R$ 932 mil. Atualmente ele cumpre pena em regime semiaberto.

Segundo apurou a reportagem, a aeronave teria sido usada para supostas prestações de serviços de táxi aéreo das empresas Sal Transporte e Turismo e WUE Taxi Aéreo, Transporte e Turismo Ltda, na execução do contrato firmado com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), no ano de 2013.

R$ 8 milhões


O Gaeco deflagrou a operação na manhã desta sexta-feira (10), em busca de documentações para apurar suposta fraude em licitação e seus respectivos pagamentos, no montante de R$ 8 milhões, referentes à contratação de empresa de prestação de serviços de táxi aéreo para diversas Secretarias do Estado de Mato Grosso.

O Gaeco buscou os diários e livros de bordo que estão sendo utilizados e os que já foram arquivados, para obter todos os registros de voos realizados desde o dia 22 de fevereiro de 2013.

Além disso, os agentes do Gaeco procuraram toda e qualquer documentação referente a prestação de serviço das duas aeronaves à empresa Sal Transporte e Turismo – WUE Taxi Aéreo, Transporte e Turismo Ltda.

Tratam-se das aeronaves prefixos PT-EZT e PT-KNL, que estariam localizadas no hangar da Infraero, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.

De posse da documentação, o Ministério Público Estadual (MPE) irá confrontar os relatórios dos voos apresentados e os registrados no banco de dados do Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

As fraudes teriam ocorrido nos anos de 2013 e 2014, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

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2 Comentário(s).

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josé  14.06.15 10h32
josé, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
carlos maia  13.06.15 09h45
Se for constatado que ele sub-locou o seu avião a uma empresa de turismo, não fejo crime até o momento, Voce pode sub-locar um avião a uma empresa de turismo para fazer serviços de taxi Aéreo, desde que conferindo com os documentros legais que a ANAC exige....até ai não em crime. só o Oba, Oba de sempre....
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