Comércio fecha portas e faz protesto em apoio a caminhoneiros

Centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo lotaram as ruas do Centro da Capital em apoio à paralisação dos caminhoneiros que é realizada em todo Brasil. A passeata em protesto contra os altos impostos e contra a corrupção ocorreu na manhã desta segunda-feira (28).

Hoje o ato dos caminhoneiros chega ao oitavo dia.

A mobilização reuniu a dezenas de pessoas, entre elas lojistas e funcionários. A convocação foi realizada pelo Sindicato do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos (Sincotec/MT).

Vários lojistas fecharam seus estabelecimentos, se reuniram na praça e seguiram em passeata pela Avenida Getúlio Vargas até a Praça do Chopão.

Uma parte dos manifestantes foi até a frente do 44º Batalhão de Infataria Motorizada, onde cantou o Hino Nacional. Depois, eles retornaram pela Avenida Isaac Póvoas até a Praça Alencastro. 

Segundo o presidente do sindicato, Roberto Peron, os lojistas apoiam a paralisação dos caminhoneiros, pois os comerciantes são afetados diretamente com os altos impostos.

“Estamos cansados de pagar a conta do Governo. Nós, lojistas, somos diretamente afetados por essas altas constantes e também pagamos a conta. Por isso, somos a favor da paralisação dos caminhoneiros e vamos nos manifestar”, disse.

Participaram da manifestação pelo menos 120 pessoas, entre elas estudantes, donas de casa e representantes de entidades. Durante o ato os manifestantes cantaram o hino nacional.

Segundo o líder estudantil Marcio Alves da Silva, a passeata mostra que a sociedade está apoiando os motoristas. Segundo ele, a mobilização foi realizada por meio das redes sociais.

“A luta dos caminhoneiros é legítima. Estamos aqui para somar com eles, pois toda alta de imposto impacta em nós, consumidores”, explicou.

De acordo com o empresário Armando Omais, as pessoas deveriam se conscientizar mais para que se unam com os manifestantes que estão lutando, nas ruas, pelos direitos de todos.

“Não é fácil fechar um comércio e trazer funcionários para as ruas para se manifestar. Mas convenhamos: todos podemos fazer um sacrifício. Por exemplo, os caminhoneiros estão há oito dias, muitas vezes sem tomar banho, e sem comer direito - e com certeza perdendo dinheiro -, para lutar pelos nossos direitos. Eles levantaram essa bandeira. Acho que é uma oportunidade de mostrar nossa indignação”, ressaltou.

A paralisação

Pelo menos 30 pontos permanecem bloqueados na manhã desta segunda-feira (28) por conta da paralisação dos caminhoneiros nas rodovias federais que cortam Mato Grosso.

Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que não divulgou os locais específicos onde há manifestação.

Na tentativa de encerrar a paralisação, na noite de domingo (27), o presidente Michel Temer tomou medidas para tentar conter a crise que se estabeleceu em todo País ao anunciar a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.

Apesar do anúncio das medidas, os caminhoneiros seguem bloqueando as rodovias em vários pontos do país.

Veja os vídeos do ato: