Cuiabá, Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025
SÃO JOÃO
16.06.2017 | 17h10 Tamanho do texto A- A+

Cuidados simples garantem a diversão nas festas juninas

Confira as dicas de segurança para aproveitar os tradicionais festejos, principalmente com relação ao uso do fogo

Mayke Toscano

Festas juninas começas a ser realizadas neste mês

Festas juninas começas a ser realizadas neste mês

DA REDAÇÃO

 

“No Brasil, no mês de junho

Tem foguete, tem quentão

Tem quadrilha e roupa bonita

Milho e reza pra São João

Menina vestida de chita

Santo Antônio no coração

 

Mas pra diversão ficar completa

Não podemos abusar

Muito cuidado com os fogos

Porque pode se queimar

O alerta é pra todos

Pra festa não acabar”

 

O repente é animado, mas não é brincadeira. Com festas juninas ocorrendo entre os meses de junho e julho em todo o estado, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fazem um alerta sobre o risco de queimaduras pelo manuseio de fogos de artifício, fogueiras, bombinhas e os chamados “estalinhos”.

 

Segundo o Corpo de Bombeiros, todos esses artefatos podem causar queimaduras e lesões graves em membros, olhos e ouvidos, caso não sejam manuseados corretamente.

 

Além disso, existe o risco de incêndio pelo armazenamento e direcionamento incorreto, como no caso dos fogos de artifício.

 

Para evitar acidentes, a orientação é armazenar o material em local seguro, longe de qualquer fonte de calor e não permitir o acesso de crianças.

 

O manuseio deve ser feito por pessoas acima de 18 anos, que devem estar sóbrias e obedecer às instruções que constam na embalagem de cada produto.

 

A queima dos fogos, independente da classe de cada produto, deve ser realizada em local afastado, distante do público, casas e fiação de energia elétrica.

 

Em caso de falha no explosivo, não se deve direcionar o produto para o rosto ou para outra pessoa, como alerta o tenente Bombeiro Militar, Janisley Teodoro, pois pode haver um retardo na explosão.

 

“A maior parte dos acidentes acontece por descuido no manuseio ou falha no explosivo. Além de ocasionar queimadura, o mau uso do foguete pode resultar em amputação de mãos, cegueira e danos à audição”, explica.

 

Ele acrescenta que o risco de queimaduras e lesão nos olhos e ouvidos também existe com as bombinhas e estalinhos, caso não sejam usados corretamente.

 

Fogueiras

 

No caso específico de fogueiras, o Corpo de Bombeiros lembra que é proibido atear fogo em área urbana em qualquer época do ano, ou seja, quem acender fogueira está sujeito à punição.

 

A fiscalização, nesses casos, é de competência dos municípios. 

 

Para não correr risco de ser penalizado, o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais do Estado (BEA-MT), tenente coronel Paulo Barroso, afirma que o ideal é que o organizador da festa junina procure o órgão ambiental do município para saber como proceder em caso de fogueira para uma festividade tradicional.

 

Já para quem mora em comunidade rural e quer manter a tradição, é necessário seguir as orientações do Corpo de Bombeiros.

 

A principal delas é realizar a fogueira longe de residências e de produtos inflamáveis. Também é indicado limpar a área ao redor (aceiramento) para evitar que as chamas se alastrem.

 

No fim da festa, ao apagar o fogo, é importante jogar água e enterrar as cinzas.

 

Primeiros socorros

 

Em casos de queimaduras, o primeiro procedimento é afastar a vítima da fonte de calor e avaliar a extensão da lesão, como orienta a gerente médica do SAMU em Cuiabá, Ingrid Rodrigues.

 

“Feito isso, a orientação é mergulhar a área queimada em água limpa e fria para alívio da dor e, após resfriar a área, envolve-la em pano limpo e encaminhar a vítima para o hospital”, completa.

 

Pelo número 192, o SAMU oferece orientações de como proceder nos primeiros socorros.

 

O usuário deve relatar ao médico regulador o máximo de informações sobre o acidente e sobre as lesões.

 

Segundo Ingrid, queimaduras em até 15% de área corporal podem ser consideradas de baixo risco, exceto se ocorrerem em pescoço e na face.

 

A mensuração da área pode ser feita tomando como base a palma da mão, que equivale a 1%.

 

Mas, independente do tamanho da lesão, a especialista alerta para os procedimentos que não devem ser realizados, entre eles: utilizar cremes, pomadas, pasta de dente, pó de café ou qualquer outro “remédio” caseiro, não estourar as bolhas, nem colocar gelo sobre a queimadura.

 

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