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CRUELDADE SEM FIM
16.11.2021 | 11h10 Tamanho do texto A- A+

Drag queen é morta a facadas em MT; corpo foi jogado em brejo

Polícia diz que corpo estava em decomposição; drag era ativista pelas causas LGBTQIA+ em Juína

Reprodução

Julya Madsan fazia parte da militância da juventude do Partido dos Trabalhadores

Julya Madsan fazia parte da militância da juventude do Partido dos Trabalhadores

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

A drag queen Julya Madsan, de 28 anos, foi assassinada e teve o corpo abandonado em uma região alagada de Juína (a 740 km de Cuiabá). O corpo tinha marcas de facadas.

 

Rogério Diego dos Santos, nome de batismo, lutava pelas causas LGBTQIA+ no Município. Também era militante da juventude do Partido dos Trabalhadores (PT).

 

Segundo informações da Polícia Civil, o corpo foi encontrado durante a noite de sábado (13) por pessoas que passavam próximo ao local, na linha Barroso.

 

O corpo já estava em avançado estado de decomposição e a perícia afirmou que deveria estar morto há aproximadamente três ou quatro dias. Apesar disso, foi possível identificar que a drag foi vítima de golpes de faca.

 

O Corpo de Bombeiros fez a retirada do corpo que estava em local alagadiço. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames necessários.

 

Reação nas redes

 

Julya era bastante ativa nas redes sociais e fazia da internet uma janela para debates políticos em prol da causa LGBTQIA+ e da cultura e direitos da população negra.

 

Ela também fazia performances dançando e cantando.

 

Após a notícia de sua morte, toda comunidade de ativistas em Mato Grosso decretaram luto e compartilharam mensagens em homenagem à drag queen, que era uma figura importante em Juína.

 

Dentre as autoridades que se pronunciaram, os deputados Valdir Barranco e Ludio Cabral, ambos do PT, fizeram postagem no Instagram lamentando a morte da ativista.

 

“Lamento profundamente, ninguém aguenta mais, ninguém. Todo dia uma entra para estatística. O Brasil é o país que mais mata travestis e transsexuais no mundo. Nesse doloroso momento, me junto em oração a todos amigos e familiares”, disse Barranco.

 

“Nossa solidariedade à família, as/os amigas/os e companheiras/os de luta de Julya. Julya Madsan, presente!”, escreveu Ludio.

 

A Polícia Civil de Juína afirmou que está investigando o caso. No entanto, até o momento, nenhum suspeito foi preso.

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Ivair Caetano  17.11.21 09h11
Espaço democrático todo mundo pode se expressar. Eu particularmente sou contra esse negocio de criar lei que protege essa classe de LGBTQIA+, será que eles se sentem tão inferior aos outros que é necessário criar leis para protegê-los ?? Se Deus não fez acepção de pessoas, porque nós seres mortais iremos fazer ??? É só minha opinião aqui nesse espaço democrático.
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Junior   16.11.21 12h04
Lamentável. Até quando vamos ver essa violência sem fim. Menos ódio e mais amor.
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mariana  16.11.21 11h55
Oo estado que mais mata LGBTs no Brasil..E os crentes ainda querem impedir a criação da comição dos LGBTs nesse estado tao mortal a essa comunidade! Essa e a cultura cristã que esse país possui? acho q ue nunca existiu!
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