“Ela amava aquele lugar; sentia paz ali”, afirma mãe de jovem

Ainda abalada, a podóloga Ana Paula Batista Benencase, de 47 anos, falou na manhã desta quinta-feira (12) sobre a dor provocada pela morte da filha Vanessa Batista dos Santos, que morreu na terça-feira (11) enquanto fazia atividade física no Parque das Águas, em Cuiabá.

Ana Paula descreveu Vanessa, que tinha 24 anos, como uma jovem "única, estudiosa, de coração bondoso e com um senso de justiça inigualável".  

Minha filha sempre foi saudável. Era muito rigorosa, se sentia alguma dor consultava para daí tomar remédio, não tomava por conta

Segundo a podóloga, a filha frequentava muito o Parque. “A gente mora no Paiaguás, praticamente do lado do Parque das Águas, e ela amava aquele lugar, porque ela sentia paz ali. Gostava da natureza, das capivaras”, conta.

Estudante de Massoterapia, Vanessa era muito dedicada aos estudos e aos cuidados com saúde, que sempre foi impecável.

“Minha filha sempre foi saudável. Era muito rigorosa, se sentia alguma dor consultava para daí tomar remédio, não tomava por conta. Se exercitava, cuidava da alimentação, de tudo”, afirma.

Carreira nobre

Estudiosa e com muitos planos para o futuro, Vanessa queria ser cuidadora de idosos e se preparava para cursar Enfermagem.

“De alguns tempos pra cá, uns dois ou três meses, ela estava mais centrada nos estudos, queria buscar essa posição profissional”, disse.

Ana Paula conta que a filha era um ser humano excepcional, daquelas que colecionam qualidades.

“A Vanessa era uma pessoa imprescindível, maravilhosa, de um caráter impecável. Não era uma jovem qualquer, era diferenciada pelo coração bondoso e generoso. Era prestativa com um senso de justiça inigualável, tão humana. Essa era minha filha”.

A mais nova e única mulher de três irmãos, Vanessa nunca deu problemas à mãe. “Por isso digo que ela era uma pessoa diferenciada das outras, nunca me respondeu, nunca me deu trabalho”, disse.

Arquivo pessoal

Vanessa Batista ao lado da mãe durante viagem

Apesar de Vanessa ter partido tão cedo, Ana Paula garante que a filha viveu intensamente e foi feliz muito feliz nesse tempo.  

“Só esse ano ela fez duas viagens, uma para Gramado (RS), onde conheceu meu neto que acabou de nascer, e a outra para o Rio de Janeiro, que ela queria conhecer. Ela foi muito feliz aqui na Terra, realizou seus sonhos”.

Vanessa recebeu muitas homenagens de familiares e amigos no cortejo fúnebre e sepultamento, além das redes sociais. “Ela era muito amada”, disse.

Breve separação

Apesar de toda a dor que possa estar sentindo, Ana Paula diz crer em um reencontro com a filha no plano espiritual.

“Jesus, só Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Nos últimos dias da Vanessa ela estava com Jesus, ela estava cantando louvores, orando ao senhor e ninguém vai ao céu se não for por Jesus”, disse.

“Para Jesus levar ela, teve que morrer a matéria. É doída a separação da carne, mas a esperança que temos é que nós vamos encontrar ela na glória, porque a Bíblia nos afirma e dá essa esperança”, afirmou.

Ana Paula ainda fez um apelo aos jovens que estiverem afastados. “Jesus está voltando, pode voltar para você ou para mim hoje. Mas logo nós viveremos nas nuvens nos céus, com poder e grande glória, com milhares e milhares de anjos para buscar o povo dele”.

O laudo final da Politec (Polícia Oficial de Identificação Técnica) tem o prazo de 10 dias para ficar pronto.

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