Cuiabá, Sexta-Feira, 22 de Agosto de 2025
"ESTADUALIZAÇÃO" DA BR-163
01.05.2023 | 10h31 Tamanho do texto A- A+

Em quase uma década, empresa duplicou apenas 13 km ao ano

Na próxima quinta-feira, o Governo de Mato Grosso assume controle acionário de concessionária

Divulgação

Imagem aérea de trecho da BR-163 em Mato Grosso

Imagem aérea de trecho da BR-163 em Mato Grosso

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A assinatura da transferência da concessão da BR-163 para as mãos do Governo de Mato Grosso, na próxima quinta-feira (4), deverá acelerar o processo de duplicação, que na última década andou a passos de tartaruga. 

 

Concessionária responsável pela BR em Mato Grosso, a Rota do Oeste concluiu em nove anos apenas 26% da duplicação prevista quando assinou o contrato com o Governo Federal, em março de 2014. Foram 120 km executados de um total de 453 km previstos. Ou seja, a empresa conseguiu duplicar apenas 13,3 km por ano, ou pouco mais de 1 km por mês. 

 

Todo o trecho concluído compreende apenas ao Sul do Estado, da divisa com Mato Grosso do Sul até Rondonópolis. No Norte, nenhuma duplicação foi feita.

 

Nas mãos da empresa ainda restava a execução do segmento da rodovia dos Imigrantes (BR-070), na região de Cuiabá e Várzea Grande; e o trecho de Posto Gil (Diamantino) a Sinop – o que não ocorreu.

 

A extensão completa da BR-163 em Mato Grosso sob concessão da Rota do Oeste é de 850,9 km. No entanto, a duplicação de 400 km ficou sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

 

Sem conseguir viabilizar uma forma de cumprir com o acordado, a empresa concordou em fazer a devolução amigável de concessão em dezembro de 2021. Desde então as obras de duplicação foram paralisadas. 

 

Controle acionário

 

A assinatura do novo contrato vai permitir o Governo assuma a estrada por meio da MT Par, que passará a ter o controle acionário da Rota do Oeste.

 

Para a concretização do negócio,  Mato Grosso propôs quitar parte das dívidas de R$ 920 milhões contraídas pela controladora da Rota do Oeste, a Odebrecht Transportes. 

 

No mês de março, o Estado conseguiu acordo com os bancos credores, em uma proposta de pagamento de cerca de R$ 400 milhões. A previsão é que o Estado invista R$ 1,2 bilhão para garantir a duplicação e melhoria da trafegabilidade da rodovia.

 

 

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Rosane Regina Marqueto  04.05.23 08h21
Só queria saber porque continuam cobrando pedágio se já perderam a concessão????QUEM ESTA SE BENEFICIANDO????
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Fábio da silva  02.05.23 20h14
Se não fazer igual as estaduais pedagiadas caras tarifas e muitas das vezes esburacadas no caso mt 130
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Joilson Correa  02.05.23 08h01
A s obras de duplicação que foram feitas na BR-163 foram bancadas e executadas pelo DNIT, a Rota D'oeste não teve participação nenhuma, a não ser cobrar os pedágios.
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José  01.05.23 17h35
Se fosse um país sério teria multado e responsabilizado a concessionária por cada morte causada pelas péssimas condições da pista, sem contar a falta de duplicação...uma vergonha e um crime contra o cidadão.
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Valdeci   01.05.23 13h49
Parabéns Mauro Mendes pela atitude!
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