Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
À BASE DE MACONHA
23.03.2017 | 09h08 Tamanho do texto A- A+

Estado não envia remédio à base de maconha para menino

Pai fez desabafo no Facebook pedindo uma solução para o caso

Divulgação

O menino Ricardo Curvo, de dois anos que tem schinzel-giedion

O menino Ricardo Curvo, de dois anos que tem schinzel-giedion

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Governo do Estado não manda há três meses o Canabidiol (CBD) - remédio a base de maconha - para o menino Ricardo Curvo, de Cuiabá, que sofre de uma doença rara e precisa tomar o medicamento diariamente para não ter convulsões.  

 

O pai da criança, o videomaker Bruno Lima, fez um desabafo nesta quarta-feira (22) no Facebook, pedindo uma solução para o caso.  

 

Ricardo, de apenas dois anos, tem uma doença chamada 'schinzel-giedion', que provoca má formação, retarda o crescimento, gera convulsões constantes e traz complicações neurológicas.

 

O remédio é de tratamento contínuo e não pode ser interrompido, mas a Secretaria de Saúde espera acabar todos os lotes, para daí entrar em um novo processo de licitação e aquisição

Conforme Bruno, em 2015 a Justiça concedeu uma decisão liminar (provisória) que obriga a Secretaria de Saúde de Mato Grosso a fornecer a medicação gratuitamente a Ricardo. Um lote custa cerca de R$ 3 mil reais e dura um mês.  

 

No entanto, de acordo com o pai, o filho não está tendo mais acesso ao medicamento por falhas da secretaria.

 

“O remédio é de tratamento contínuo e não pode ser interrompido, mas a Secretaria de Saúde espera acabar todos os lotes, para daí entrar em um novo processo de licitação e aquisição, que dura em torno de três a quatro meses para ser concluído e o remédio chegar até nossa casa”, desabafou.

 

“Mas como se isso não bastasse, o descaso e a falta de vontade de quem está a frente disso é muito pior. Dificilmente conseguimos ser atendidos, e sempre estão de férias, fazendo com que dificulte o nosso contato e fiquemos sem saber exatamente como está o andamento do processo”, afirmou.

 

Bruno Lima contou que sem o medicamento seu filho voltou a sofrer as convulsões que, antes, com o remédio, tinham diminuído.

 

“Esse remédio ele precisa tomar duas vezes ao dia e serve para diminuir as convulsões. Sem o medicamento ele volta a convulsionar durante o dia e isso pode afetar na qualidade de vida dele”, disse.

 

Diante do descaso por parte da secretaria, o pai relatou que foi obrigado a comprar o remédio por conta própria, além de ter que resolver todos os trâmites pessoalmente para que o filho não fique sem o medicamento.

 

“Eu me sinto revoltado com o descaso deles. Eles não estão nem aí para a população que precisa e infelizmente a gente sofre com isso. Então a gente busca meios pessoais mesmo para resolver esse problema, porque se depender deles, eles não estão nem aí”.

 

“O mais triste é saber que meu filho não é o único a ser punido com isso, nesse exato momento existem milhares de pessoas passando pelo mesmo problema, e suas vidas nas mãos de pessoas incompetentes e sem compaixão com o ser humano”, pontuou.

 

Outro lado

 

A reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria.

 

Veja o post do pai de Ricardo:

 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Virna   23.03.17 20h47
Entra com uma liminar contra o estado,vai a justiça.
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silas andrade barreto  23.03.17 16h52
veja so a que ponto nos chegamos uma crianca sofrendo passando esta situacao por causa da burrocracia e isso mesmo burrocracia sera que vao esperar essa crianca morrer pra depois cair no esquecimento e mais uma vez vamos ver nos noticiarios espero que nao chegue esse ponto isso e uma vergonhaaaaa!!!
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Joao  23.03.17 09h44
Estado de transformação.
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