Maria Eunice Astróloga

A astrologia sempre envolveu muita controversa e muito se falava, mas pouco se entendia sobre essa arte – ou ciência para alguns – milenar que estuda os astros e suas posições na abóbada celeste.
Entre adeptos e críticos, o fato é que todo tipo de pessoa já recorreu em algum momento da vida ao zodíaco. Seja em uma leitura rápida no horóscopo do jornal ou para tentar “se entender” através do signo.
Um dos maiores equívocos, segundo a astróloga Maria Eunice Sousa, é achar que a astrologia esteja ligada à vidência ou ao “premeditismo”.
Adivinhações não fazem parte desse estudo e ela surpreende ao afirmar: “Eu não acredito em astrologia”.
“Eu não acredito em astrologia. Eu acho que a astrologia é uma ferramenta, uma linguagem, não envolve uma crença. Quer você acredite ou não, ela estará funcionando. Parte dessa confusão começa aí”, afirma.
A estudiosa, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene – uma das escolas mais conhecidas e conceituadas do mundo –, defende que a astrologia não pode ser limitada ao popular horóscopo.
Para ela, o estudo dos astros é uma ferramenta poderosa para o autoconhecimento, que aumenta as possibilidades de entender o ser humano e suas relações, suas motivações, potenciais, certezas e ambivalências.
“Você não tem como colocar todo mundo nas caixinhas de forma efetiva, por mais que haja os estereótipos. Os signos do zodíaco são de certa maneira um estereotipo, são arquétipos que contam um processo de desenvolvimento. Mas um equívoco que ocorre na astrologia é que, os signos são só o comecinho dessa história”.
O mapa astral
Para quem rechaça a astrologia, um dos argumentos corriqueiros é a falta de identificação com o signo solar – posição do Sol no momento do nascimento.
Segundo explica Maria Eunice, o Sol é uma parte importante - "mas não é tudo" - do nosso mapa astral, que depende de informações como data, horário – fundamental – e o local do nascimento.
“A astrologia tem quatro pilares básicos: os signos, os planetas, as casas e os aspectos. Os signos são esses que a maioria das pessoas conhece. São 12, de áries a peixes e eles descrevem uma jornada que é arquetípica”, define.
“Uma coisa que é importante esclarecer: quando você diz ‘eu sou de áries’, você não é tudo que áries é, porque aquilo é um arquétipo e ninguém é um arquétipo”, completa.
A astróloga explica de uma maneira interessante como cada signo define a jornada do ser humano enquanto indivíduo na Terra.
Baseada em simbologias e características inerentes a cada época em que sol transita por aquele momento astral, é possível criar uma “impressão digital” de nós mesmos e nos percebermos enquanto pessoas, seres humanos, a partir da nossa jornada evolutiva.
Marcus Mesquita/MidiaNews
"Os signos são esses que a maioria das pessoas conhece. São 12, de áries a peixes e eles descrevem uma jornada que é típica"
Entenda:
“Os signos descrevem uma jornada. Se o indivíduo nasceu quando o Sol estava em áries; em touro ele descobre que tem paladar e o mundo sensorial; em gêmeos ele descobre que as suas pernas permitem que ele descubra o ambiente, então ele começa a andar, a falar, ele descobre que tem irmão, um ambiente imediato; em câncer ele descobre a família, descobre que é um indivíduo separado dessa família, que ele tem um ninho. É uma jornada evolutiva, até chegar em peixes que é a morte”, contextualiza.
Maria Eunice garante que a astrologia nos ajuda a entender as nossas características pessoais e até a forma como nos colocamos diante das relações, sejam de amizades, profissionais ou amorosas.
“A morte em peixes vem no sentido de: cumprimos, agora estamos voltando para a casa do Pai, por isso peixes é tão sensível. Ele é o signo que está mais conectado com o outro lado, vamos dizer assim. Ele é agudamente consciente que essa nossa realidade não é tudo, isso aqui é só uma direção possível e estamos aqui de passagem. E é um dos signos mais difíceis de ser, porque ele sente muito”.
Relação com a astrologia
Nascida no Maranhão, Maria Eunice teve seu primeiro contato com a astrologia em 2005, quando uma amiga lhe sugeriu que fizesse um mapa astral.
“Eu estava em um momento da minha vida de procura, de busca, querendo entender melhor alguns dos meus processos pessoais, algumas questões que eu estava vivendo. E uma amiga me falou que seria interessante fazer o meu mapa. Eu fiquei fascinada, foi amor à primeira vista”, relembra.
Em 2008, já morando em Cuiabá, Maria Eunice mudou-se para Londres e, durante três anos, dedicou-se à sua graduação em astrologia.
De volta ao Brasil, decidiu trabalhar exclusivamente na atividade e permanece há seis anos realizando consultas e atendendo como astróloga profissional.
Marcus Mesquita/MidiaNews
"Hoje, depois da astrologia, eu tenho uma vida mais plena no sentido de que eu entendo melhor muitas coisas que me acontecem e que acontecem no mundo"
“Hoje, depois da astrologia, eu tenho uma vida mais plena no sentido de que eu entendo melhor muitas coisas que me acontecem e que acontecem no mundo. A astrologia propõe isso, o mapa astral não é uma desculpa para você se acomodar e dizer: Eentão tá, já que eu sou assim...’. É justamente buscar o entendimento. O porquê de ser assim, o que eu posso fazer para melhorar isso?”.
Focada em entender e ajudar as pessoas a se entenderem melhor, a linha utilizada por Maria Eunice na astrologia é a psicológica.
Em suas consultas, ela observa onde estavam os astros no momento de nascimento do cliente e, em comparação com as revoluções e as conjunturas atuais, aponta direcionamentos nos âmbitos pessoais, profissionais e até questões relacionadas às qualidades e talentos da pessoa.
“Quando a pessoa vem fazer o mapa astral, eu pergunto para que ela quer isso. Porque daí nós focamos na área, seja profissional, afetiva, dinheiro, saúde. Eu não trabalho com astrologia preditiva, que é aquela que fala: tal e tal coisa vão acontecer. Eu não faço isso porque eu gosto de pensar que nós temos um pouco de livre arbítrio. Eu aponto tendências e perspectivas”, disse.
2017: um ano revolucionário
Segundo Maria Eunice, as tensões e o “peso” que sentimos em 2016 tinham nome e sobrenome: Saturno-Netuno.
A quadratura dos dois planetas, de acordo com a astróloga, traduz a depressão coletiva que vivemos no ano passado.
“Saturno e Netuno são dois arquinimigos clássicos. Saturno representa a realidade, os limites, as estruturas, as responsabilidades. E Netuno representa o contrário disso. Ele é escapista, não quer encarar a realidade, é o planeta dos sonhos, das fantasias, dos ideais”, explica.
Conforme a astróloga, em 2017 essa configuração não está mais ativa e todo esse “peso” deve ficar para trás.
“Uma coisa que é importante esclarecer - e a culpa disso é dos próprios astrólogos - é que os planetas não influenciam, eles não fazem nada com a gente. Isso, talvez, seja um outro fato para que as pessoas sejam resistentes. Os movimentos dos planetas são simbólicos, é uma linguagem criada para que a gente entenda melhor como a vida funciona”, esclarece.
Cientes de que a astrologia trata dos ciclos da vida e da natureza, Maria Eunice afirma que devemos nos preparar para um ano de “reavaliações”, principal na maneira como conduzimos as nossas relações.
Este ano, segundo a astróloga, devemos abrir nossa mente para novas ideias, novas verdades. Isto porque Júpiter, um planeta que representaria a busca pelas crenças e filosofias, estará em forte atividade até pelo menos até outubro.
“É um momento de modificarmos o jeito como enxergamos a vida, para acordamos de uma vez por todas para essa questão da ética. É um bom ano para se espiritualizar, mas é preciso abrir mão dessas crenças antigas, de achar que a vida é a mesma coisa de 20 anos atrás”.
Serviço
As consultas com Maria Eunice duram em média duas horas. A astróloga faz o desenho e a leitura do mapa astral pelo valor de R$ 300 e as consultas devem ser agendadas por telefone.
Além disso, a astróloga mantém uma página no Facebook e um blog, onde compartilha diariamente informações sobre o momento astrológico e definições sobre conjunções e os “trânsitos” dos astros.
Para agendar consultas ou obter mais informações: (65) 98123-0880
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2 Comentário(s).
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Manuel Cunha 23.05.18 14h57 | ||||
1. Qualidade. Coerência. Poesia, música, arte, sociopolítica. Astrologia urbana, pós-moderna, que respeita a história, o legado, e o compartilha, sem submeter-se aos comentários dos pobres de espírito (poucas páginas conseguem). Vai em frente sem deixar de olhar para o que ficou e é importante trazer. Tudo com Beleza. Às vezes nos confunde para nos esclarecer. | ||||
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MARIA 27.03.17 09h02 | ||||
Fiz meu mapa astral com ela há 3 anos e descobri que Astrologia realmente não tem nada a ver com misticismo ou esoterismo: é autoconhecimento. Recomendo a profissional! | ||||
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