O ex-soldado da Polícia Militar, Vanderlei Alves de Freitas, 55, foi sentenciado a 15 anos de prisão pelo assassinato do coronel PM aposentado Aroldo Cruz, 75.
O crime foi praticado no dia 10 de abril de 2001, no bairro Santa Cruz, em Cuiabá.
O julgamento do ex-militar ocorreu na manhã de quarta-feira (30), no Tribunal do Júri da Comarca da Capital.
A condenação ocorreu por homicídio duplamente qualificado – pistolagem, que é crime mediante pagamento e também recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. Ele foi julgado a revelia, pois está foragido e não pode recorrer do crime em liberdade.
O crime de pistolagem foi motivado por disputa de terra no Nortão de Mato Grosso. O coronel era dono de uma fazenda, localizada na cidade de Portos dos Gaúchos (663 km ao Norte de Cuiabá) e que estaria sob demanda judicial. De acordo com familiares da vítima, a área teria sido invadida por uma família.
O coronel aposentado era proprietário da imobiliária Aracruz Construções e Empreendimentos e foi executado com três tiros na cabeça, dentro de sua empresa, localizada na Rua Machado de Assis, no bairro Santa Cruz, na Capital.
Na ocasião, dois homens chegaram numa motocicleta Honda Titan de cor verde, se passando por cliente.
“Eles foram atendidos pelo gerente da empresa e teriam fingido estar interessados em alugar um apartamento no bairro. Instantes depois, um deles puxou uma pistola e obrigou o funcionário a ir para sala do proprietário. Aroldo e o funcionário foram rendidos e obrigados a deitar no chão. Em seguida, o bandido apontou para cabeça do empresário e disparou três tiros”, explicou um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que, na época, atuou nas investigações.
Além do PM, a Justiça havia condenado a 13 anos de prisão o agricultor Francisco José de Souza, conhecido como “Mosquito”. O julgamento ocorreu em julho de 2004.
Na época, o delegado Simael Ferreira, que comandava as investigações, levantou a hipótese de que o crime envolveria ainda um suposto roubo de madeira do local.
“Estamos levantando informações a esse respeito”, informou Simael. A Polícia foi informada de que o coronel estava sendo ameaçado e, por conta disso, teria contratado um segurança particular.