Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
EXECUÇÃO NA PIZZARIA
11.04.2012 | 14h54 Tamanho do texto A- A+

Família quer indenização por assassinato de garota

Weber Oliveira matou Katsue Vieira e, depois, queimou o corpo no forno de pizzaria jovem e queimou seu corpo em forno a lenha

MidiaNews/Reprodução

Weber confessou a morte de Katsue; depois de matá-la,  ele queimou o corpo da garota no forno da pizzaria

Weber confessou a morte de Katsue; depois de matá-la, ele queimou o corpo da garota no forno da pizzaria

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

A dona de casa Maria Euriane dos Santos, mãe da jovem Katsue Estefane Vieira, morta aos 25 anos, queimada dentro do forno de uma pizzaria, vai entrar com ação de danos materiais e morais contra o proprietário do estabelecimento. Serão acionados o comerciante Francisco Gonçalves de Oliveira e seu filho, Weber Melques de Oliveira, 22.

Weber é acusado de matar a jovem e, depois queimar, o corpo dela dentro do forno da Pizzaria Fornalha, no dia 3 de fevereiro deste ano. A pizzaria está localizada no bairro Barbado, nas proximidades da Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.

A mãe de Katsue procurou o Núcleo Jurídico da Universidade de Cuiabá (Unijuris/Unic). O advogado Naime Márcio Martins está cuidando do caso e explicou ao MidiaNews qual é a situação. “Inicialmente, vamos pedir a transferência da guarda da criança para a mãe de Katsue. Assim que ela tiver com a guarda da neta garantida, vamos entrar com uma ação de danos materiais e morais”, disse o advogado.

Martins disse que a avó da criança não tem condições de prover o seu sustento. Além disso, o pai da menor não possui emprego fixo e tem envolvimento com drogas. “A mãe dessa criança foi assassinada de forma brusca, dentro de um comércio, pelo filho do proprietário. Agora, a responsabilidade é deles prover o sustento dessa criança, já que quem a sustentava era a mãe”, explicou.

Crime na Pizzaria

O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o comerciante Weber Melques Venandes de Oliveira, 22, que confessou ter assassinado a facadas e queimado o corpo de Katsue Estefane dos Santos Vieira.

Weber é réu em um processo por homicídio triplamente qualificado, que envolve motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, e destruição de cadáver.

Ele está preso desde o dia 13 de fevereiro, no Centro de Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, no bairro do mesmo nome, em Cuiabá.

Consta, na denúncia, que o comerciante encerrou o expediente na pizzaria por volta das 23h30 e se dirigiu até a Boate Executive's, próxima à Estação Rodoviária de Cuiabá, no bairro Alvorada. Katsue estava na porta da boate, fumando maconha, com outras garotas de programa, segundo a informação.

Weber teria ficado no local, usando drogas com as jovens e, depois, convidou Katsue para sair e pegar dinheiro para comprar drogas.

Ele levou a jovem até a Pizzaria Fornalha. O comerciante chegou a pegar R$ 70 do caixa, mas gastou. Ele contou, em depoimento, que sentiu uma vontade súbita de matar Katsue e assim o fez.

O comerciante contou que deu duas facadas na garota, que continuou viva, e outra no pescoço, golpe que foi fatal. Depois, ele colocou o corpo de Katsue dentro do forno e a queimou, usando toras de lenha.

Ele também lavou toda a pizzaria, que ficou muito suja de sangue.

Comportamento frio

Depois de ter matado a jovem, Weber seguiu para sua residência, no bairro Santa Isabel, e dormiu até o meio-dia, quando foi acordado pelo pai, o comerciante Francisco Gonçalves.

Francisco foi alertado por vizinhos da pizzaria, que suspeitaram que algo de errado havia acontecido no comércio, que estava com sangue até nas calçadas. Moradores também disseram que escutaram gritos e pedidos de socorro vinda pizzaria.

Weber confessou o crime ao delegado André Renato Gonçalves, e a investigadores da DHPP, que disseram ter ficado chocados com a frieza do comerciante.

Ele disse que, logo que pegou Katsue, foram até a pizzaria, tomaram cerveja e consumiram muita droga, principalmente crack e cocaína.

Já embriagado e sob os efeitos das drogas, ele teria sentido "vontade" de matar a vítima. Somente no final do depoimento ele disse que estava arrependido.



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ALZINO BERNARDES DA SILVA  12.04.12 15h11
ALZINO BERNARDES DA SILVA, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
J Luiz  11.04.12 17h55
Meu Deus essa justiça me espanta. Até quando que um pai tem que responder pela ação de um filho? Putz, quem tiver um filho adulto marginal, apesar de toda boa educação dada, até que ponto serão responsabilizados pela ação alheia? Se ninguem mandou fazer tal ação. Pior que tem muitos justiceiros querendo fazer justiça com a a desgraça de quem nada tem a a ver com a coisa, numa forma de extorquir dinheiro.
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edilson beia  11.04.12 17h45
edilson beia, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
João  11.04.12 16h28
Muito me espanta o Naime ter dito que responderá o pai e o filho. Somente por ter sido morta dentro do estabelecimento os dois são solidários? Foi durante o expediente, sendo ela uma cliente/consumidora? O assassino é de menor, para que o pai respondesse pelo filho? O pai participou do assassinato? Nenhuma das perguntas se responde positivamente, então onde está a legitimidade passiva do pai do assassino para responder por qualquer dano a familia da vitima? Será que o motivo de querer chamar o pai do assassino, seria que o assassino não tem onde cair morto? Não estou dizendo que a familia não tem direito algum a indenização, mas que o pai do assassino é inocente, ilegitimo pra responder por qualquer erro de seu filho, já plenamente capaz. Se o Sr. Naime disse que ele é legitimo pra responder por isso, tenho dó dos alunos da UNIC.
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Andressa  11.04.12 15h31
Andressa, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas