Governo deve concluir negociação com Consórcio VLT até dia 29

O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (1º) que o Governo retomou as negociações com o Consórcio VLT para dar continuidade à obra do novo modal, que está parada há mais de dois anos.

A tentativa de conciliação atende a decisão do juiz Ciro Arapiraca, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, que determinou um prazo de 30 dias para que haja um entendimento entre as partes. Caso contrário, o contrato será rescindido.

"Por determinação do governador Pedro Taques, a obra do VLT é a nossa prioridade número 1. Estamos trabalhando aqui diuturnamente para cumprir esse prazo do juiz Ciro Arapiraca e até o dia 29 de dezembro estar com essa negociação concluída", afirmou Wilson, durante coletiva à imprensa.

O consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda

O contrato entre as empresas e o Governo do Estado está suspenso pela Justiça Federal desde fevereiro de 2015.

A frente financeira, por incrível que parece é a mais tranquila. Nós temos R$ 200 milhões no caixa, mais R$ 200 milhões reservado no Ministério do Planejamento e o Ministério das Cidades já garantiu cerca de R$ 500 milhões, para um novo financiamento

Nesse período, houve diversas tentativas de acordo para que a obra fosse retomada, mas sem sucesso. O impasse esbarra na questão financeira. O consórcio já recebeu mais de R$ 1 bilhão e ainda pede mais de R$ 1,1 bilhão para concluir a obra.

O Governo, porém, não concorda com o valor, uma vez que um relatório elaborado pela consultoria KPGM mostrou que seriam necessários R$ 602 milhões para finalizar o projeto.

Na entrevista, Wilson declarou que já teve uma conversa com alguns representantes do consórcio e que eles já demostraram interesse em retomar a obra do VLT.

“Financeiro equacionado”

Embora as partes ainda estejam em negociação para fechar o valor final da obra, o secretário garantiu que o Executivo dispõe de recursos para concluir o modal.

“A frente financeira, por incrível que pareça, é a mais tranquila. Nós temos R$ 200 milhões no caixa, mais R$ 200 milhões reservados no Ministério do Planejamento, e o Ministério das Cidades já garantiu cerca de R$ 500 milhões para um novo financiamento. Além disso, o Governo tem uma capacidade de endividamento de R$ 2 bilhões”, afirmou.

Segundo o secretário, a obra do VLT também é prioridade para o Ministério de Cidades.

Wilson preferiu, entretanto, não estipular prazos para a retomada da obra, nem para a conclusão do modal.

“Vamos trabalhar para fazer tudo em um menor prazo possível, mas não vamos para o canteiro enquanto a Justiça não avalizar um eventual entendimento entre o Governo e o consórcio", pontuou.

O VLT

Orçada em R$ 1,477 bilhão, a obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.

Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior do Governo do Estado a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano.

Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.

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