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21.12.2022 | 11h10 Tamanho do texto A- A+

Greve dos aeronautas coloca em risco viagens de Natal no País

Sindicato nacional da categoria diz que companhias aéreas estão intransigentes na negociação

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O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo

DA REDAÇÃO

A greve de pilotos, copilotos e comissários chega ao terceiro dia de paralisações nesta quarta (21), às vésperas do Natal, com atrasos e cancelamentos de voos em ao menos 19 aeroportos no país.


As suspensões de decolagens em nove aeroportos entre 6h e 8h continuarão até que a categoria negocie e aceite uma proposta de reajuste e regime de folgas das empresas aéreas. É o que diz o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), que representa os tripulantes aéreos.


Até as 10h desta quarta (21), Congonhas registrava 24 atrasos e 26 cancelamentos, segundo a Infraero. O Santos Dumont, no Rio, também operado pela empresa pública, teve 47 atrasos e 38 cancelamentos.


No entanto, a Infraero diz que os transtornos podem não ter relação com a greve. O Santos Dumont, especificamente, tem sido afetado desde o início da manhã por fortes chuvas, que causaram atrasos e cancelamentos.


Em Brasília, houve atraso em 21 dos 59 voos previstos para esta manhã, com partidas entre entre 6h e 10h, o que gerou atraso em outros aeroportos, como os de Porto Seguro, Maceió, São Luiz e Ilhéus, entre outros. Três voos foram cancelados por causas do mau tempo.


Já Guarulhos, segundo a concessionária GRU Airport, teve quatro atrasos e um cancelamento. Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, registrou seis atrasos, e o de Fortaleza, dois.


No Rio, o Galeão registrou quatro atrasos até as 8h, segundo a assessoria.


Na terça (20), as paralisações afetaram ao menos 11 aeroportos no país, já que os atrasos e cancelamentos de decolagens geram um efeito cascata para outros locais.


Segundo o SNA, as paralisações continuarão a ocorrer em Congonhas (São Paulo), Guarulhos (SP), Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).


Os aeronautas cobram das empresas aéreas a recomposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%. Nas cláusulas sociais, pedem a manutenção da convenção coletiva da categoria e a definição dos horários de início e o veto a alterações nos horários de folgas programadas.


"Ainda aguardamos as empresas se manifestarem", diz o presidente do SNA, Henrique Hacklaender. "Nós também gostaríamos que terminassem [as paralisações], mas as empresas estão sendo intransigentes", afirma.


Em nota divulgada na terça (20), o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) voltou a afirmar que as empresas aéreas têm trabalhado para dar assistência aos passageiros.

 

O sindicato também alegou dificuldades das companhias aéreas por causa do aumento de custos no QAV (querosene de aviação) e o impacto financeiro da pandemia no setor.


Em relação às negociações, o Snea citou no texto a proposta rejeitada pela categoria no domingo (18), com recomposição de perdas da inflação e um ganho real de 0,5%, além da autorização para tripulantes venderem voluntariamente as folgas.

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