Cuiabá, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2025
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05.12.2019 | 15h30 Tamanho do texto A- A+

Grupo de MT vira maior exportador de preforma do Paraguai

A Preformax, do Grupo Maxvinil, faturou US$ 52 milhões em 2019 somente com vendas ao exterior

MidiaNews

O diretor Domingos Kennedy Sales: redução de custos operacional de 18%

O diretor Domingos Kennedy Sales: redução de custos operacional de 18%

BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO

A empresa cuiabana Preformax Paraguay foi considerada a maior exportadora do setor de plástico em 2019, no Paraguai.

 

Pelo desempenho, a empresa receberá, na próxima segunda-feira (9), um prêmio das mãos do presidente Mário Abdo Benítez, em solenidade em Assunção.

 

A empresa foi fundada em Cuiabá, em 2000, mas foi transferida para o Paraguai em 2014, em razão da necessidade de redução dos custos operacionais. 

 

Segundo o diretor operacional Domingos Kennedy Garcia Sales, no início eram fabricados 100 toneladas mensais de preforma de pet (um espécie de tubos de ensaio, que em seguida viram garrafas plásticas).

 

A energia no Paraguai é 66% mais barata que no Brasil. A empresa gasta em torno de 4,5 mil megawatts e pagaria R$ 1,5 milhão

Hoje, a empresa produz cerca de 3,5 mil toneladas de preforma por mês e tem faturamento de US$ 52 milhões somente com exportação - o faturamento total é de US$ 55 milhões.

 

Conforme o diretor executivo José Augusto Curvo, o "Tampinha", a Preformax, que faz parte do Grupo Maxvinil, exporta para empresas como Puríssima, Schincariol, Marajá em todos os países do Mercosul.

 

“Não fazemos a garrafa, fazemos só a pet, que é um tubinho, parece um tubo de ensaio. Aí vendemos para várias empresas e lá eles formam a garrafa que querem”, explicou Tampinha, ex-deputado federal por Mato Grosso.

 

A Preformax ainda emprega cerca de 200 funcionários diretos, mas também conta com uma larga equipe indireta. Segundo Tampinha, o grupo pretende instalar nova fábricas no país vizinho e expandir os negócios.

 

Segundo Domingos Sales, a boa performace nas exportações só foi possível graças às condições ofertadas pelo país.

 

“No setor de plásticos, nós somos o maior exportador, por isso o reconhecimento do presidente. E a gente vai receber essa honraria, que para o grupo é muito gratificante. Isso mostra o trabalho e dedicação que nós temos efetivado. Claro que o país nos deu essas condições. É um país muito mais destravado que o Brasil e nos deu essa mobilidade para crescer tanto assim”, afirmou.

 

 

Energia cara em Mato Grosso

 

MidiaNews

Deputado Tampinha

O empresário José Augusto Curvo: ampliação dos negócios

Com a transferência para o Paraguai, conforme Sales, houve uma economia de cerca de 18% em custos operacionais.

 

O diretor-executivo afirmou que o maior gasto da fábrica é com energia, que em Mato Grosso é a mais cara do país, segundo ele. Este foi um dos principais fatores que fez com que a empresa se instalasse no Paraguai.

 

“Noventa e cinco por cento do custo da empresa são com energia e resina. Os outros 5% são com funcionários, despesas, imposto”, revelou Tampinha.

 

“A energia no Paraguai é 66% mais barata que no Brasil. A empresa gasta em torno de 4,5 mil megawatts e pagaria R$ 1,5 milhão de energia no Brasil ao mês. Lá a gente paga R$ 400 mil. É um terço da energia que é no Brasil. É um delta importante para ser competitivo. Só a energia já me deixa competitivo a nível América do Sul”, completou Sales.

 

Outro ponto citados poe eles são os incentivos fiscais e a reduzida burocracia em importação de matéria-prima para a produção, além de flexibilidade nas leis trabalhistas.

 

“Lá existem as empresas maquiladoras, que são empresas que industrializam e são acobertadas por um incentivo fiscal chamado maquila. É um país que realmente se abriu para a gente, nos acolheu e ofereceu todas as condições para trabalhar decentemente”, disse Sales.

 

preforma

Preforma do tipo fabricada pela empresa (imagem ilustrativa)

 

 

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2 Comentário(s).

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José Oliveira  06.12.19 07h01
A energia em si até que não é cara, o problema são os impostos embutidos principalmente aqui no MT, a liquota de ICMS é de 40% em outros estados a aliquota de ICMS é 17%
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Luiz Otávio  05.12.19 16h05
Parabéns ao grupo ,Brasil com esses impostos só dificulta
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