Cuiabá, Domingo, 13 de Julho de 2025
REIVINDICAÇÃO
17.04.2017 | 11h25 Tamanho do texto A- A+

Integrantes do MST ocupam sede do Incra em Cuiabá

Mobilização é em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás e acontece em 24 Estados

Reprodução

Os integrantes do MST fazem ocupação do Incra desde a manhã desta segunda-feira

Os integrantes do MST fazem ocupação do Incra desde a manhã desta segunda-feira

VINICIUS MENDES
DA REDAÇÃO

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (17).

 

A mobilização é em nível nacional e deve durar até a próxima quinta-feira (20). A coordenação do movimento no Estado diz que 360 pessoas participaram da ocupação.

 

Seguindo recomendação do Incra, nenhum funcionário está trabalhando nesta segunda-feira.

 

De acordo com a dirigente estadual do MST, Vanessa de Jesus, a ocupação acontece hoje pois, em 17 de abril de 1996, 21 membros do MST foram mortos pela Polícia Militar no Pará, no episódio que ficou conhecido como o "Massacre de Eldorado dos Carajás".

 

“Todo ano a gente faz essa mobilização. Ocupamos terra, ocupamos o Incra, para denunciar que até hoje não foram punidas essas pessoas que assassinaram nossos 21 companheiros”, disse Vanessa.

 

Entre as pautas apresentadas na reivindicação, também estão questões como a cobrança de vistorias nas áreas ocupadas.

 

Caso os sem-terra não obtenham resposta sobre a pauta até quinta-feira (20), a ocupação pode ser prorrogada por mais 15 dias.

 

O Incra já se reuniu com o movimento na semana passada, mas uma nova audiência, com data a ser divulgada, deve acontecer ainda esta semana.

 

A ocupação já era aguardada pelo órgão, em razão dos 21 anos do massacre. A direção deve esperar o período de três dias para então pedir a reintegração de posse do prédio.

 

Massacre de Eldorado dos Carajás

 

No dia 17 de abril de 1996, integrantes do MST faziam uma caminhada até a cidade de Belém (PA), quando foram impedidos pela polícia de prosseguir.

 

Mais de 150 policiais, armados de fuzis, e sem identificação nas fardas, foram destacados para interromper a caminhada, o que levou a uma ação repressiva resultando na morte dos sem-terra.

 

Vinte e um anos depois, apenas dois comandantes da operação foram condenados: o coronel Mario Colares Pantoja, condenado a 258 anos, e o major José Maria Pereira de Oliveira (158 anos).  Eles estão presos desde 2012.

 

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