O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta quinta-feira (27) mandados de busca e apreensão em três instituições de ensino em Cuiabá. Todas tiveram as atividades suspensas por decisão judicial.
São elas: MC Educacional, Polieduca Brasil e Faculdade Poliensino. Todos ficam no mesmo endereço, na Avenida Dom Bosco, número 1633, no Bairro Goiabeiras. A MC Educacional e a Polieduca Brasi oferecem cursos profissionalizantes, ensino para jovens e adultos e de atualização. Já a Faculdade Poliensino oferece curso superior em áreas como Administração e Pedagogia.
As buscas foram realizadas no âmbito da Operação Zircônia, que visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes no ensino superior em Cuiabá e outras cidades.
Reprodução
A facha das unidades de ensino alvos do Gaeco
Os mandados foram expedidos pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na decisão, a magistrada ainda determinou a suspensão de todas as atividades das unidades de ensino.
O grupo é acusado de realizar cursos e e emitir diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de ensino superior sem devida autorização do Ministério da Educação.
Existem indícios da utilização fraudulenta do nome de outras instituições na emissão de diplomas e históricos escolares falsos.
Medidas cautelares
Ao todo são 50 ordens judiciais, com mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas e suspensão de atividades.
Ao todo, nove investigados terão que cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de manter contato entre si e de deixar de cidade sem avisar a Justiça.
São eles: Denilton Péricles Araújo, Maria Madalena Carniello, Victor Hugo Carniello Delgado, Walter Gonçalves da Silva, Solange Silva Rodrigues Conceição, Barbara Monique Araújo, Gilberto Louzada De Matos, Nagila Caroline Teixeira de Araújo e Marcos Diego De Almeida Gonçalves.
As suas residências também foram vasculhadas pelos agentes do Gaeco.
A operação
De acordo com o MPE, foram 19 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande e um em Minas Gerais.
Também ocorreu sequestro judicial de oito veículos e bloqueio de contas bancárias no montante de R$ 910 mil.
“Zircônia” – que batiza a operação - é uma pedra muito parecida com o diamante.
A diferença entre as duas é difícil de ser identificada por pessoas que não são especialistas no assunto, a exemplo das instituições investigadas na operação.
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2 Comentário(s).
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Graci O. Miranda 27.05.21 19h19 | ||||
DIPLOMA? | ||||
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saulo 27.05.21 15h59 | ||||
Depois vem o ministro da educação querendo flexibilizar o ensino superior. | ||||
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