O livro "A Sutileza (Não Tão Sutil Assim)", escrito pelo escritor José de Arimatéa Silva e lançado pela Então Editora, será lançado na tarde desta segunda-feira (17), no anfiteatro Liu Arruda, no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE). O evento, que tem início às 15h, é aberto ao público e terá sessão de autógrafos e bate-papo com o autor.

Enquanto muitos livros analisam a política por cima, "A Sutileza (Não Tão Sutil Assim)" mergulha no que ela provoca por dentro. Ele faz algo mais raro: conversa. Conversa com quem viveu injustiças, com quem nunca teve voz, com quem acha que política é só para os de terno, e descobre, entre uma lembrança e outra, que política é, na verdade, sobre gente.
A obra é uma autobiografia que se revela, página após página, como um manifesto de resistência e humanidade.
Sem gritar palavras de ordem, Arimatéa constrói um retrato do Brasil por dentro da própria vida. Filho da seca, nordestino, negro, dentista e deputado constituinte, ele transforma suas memórias em espelho social, mostrando como o país tratou (e ainda trata) quem vem das margens.
“A minha história é uma história comum. E talvez por isso, tão importante de ser contada”, escreve o autor, que foi deputado constituinte e esteve ao lado de Dante de Oliveira na luta pela redemocratização do país, um período que marcou também o nascimento político do Estado moderno de Mato Grosso.
Mesmo sem fazer da dor uma trincheira ideológica, A Sutileza (Não Tão Sutil Assim) é um livro profundamente político, desses que formam opinião sem precisar levantar bandeira. O autor fala sobre racismo, exclusão e desigualdade com a delicadeza de quem viveu tudo isso e escolheu não endurecer. A linguagem é simples, quase oral, e o impacto é direto.
“Quando fiquei sabendo que ele tinha escrito um livro, achei que seria uma biografia, mas na verdade é muito mais do que isso. É quase uma aula de história sobre grandes acontecimentos da história do país contadas sob o ponto de vista de quem estava lá de verdade. E é um ponto de vista muito diferente, porque é raro vermos alguma pessoa negra contando a história do nosso país”, afirmou a editora e publisher da Então Editora, Tainá Meirelles.
A trajetória narrada provoca emoções que vão da ternura à indignação. Entre risos e raivas, o leitor se reconhece, ou reconhece o país. É essa mistura de afeto e crítica, memória e manifesto, que torna a obra universal.
O lançamento também contará com a presença de convidados ligados à história política e cultural de Mato Grosso. A entrada é gratuita e aberta ao público.
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