O tiro que matou a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi efetuado de dentro do banheiro da residência em que o crime ocorreu, no último dia 12, no condomínio Aphaville, em Cuiabá.
A informação consta no laudo de local de crime, concluído na última terça-feira (11), pela Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica).
Segundo o laudo, o crime ocorreu por volta das 22 horas, no momento em que Isabele estava no banheiro.
“Em momento seguinte, um(a) atirador(a), que este perito não pode identificar, postou-se na região interior do banheiro, na parte esquerda, com a pistola Imbel apontada para a face da vítima, contra a qual efetuou disparo acionando o gatilho”, diz trecho do documento,
O laudo informa que a arma que matou Isabele estava posicionada a uma altura de 1,44m do piso e a uma distância entre 0,20m e 0,30m da face da vítima.
“A vítima foi atingida na região nasal pelo projétil, que transfixou a sua cabeça. Concomitantemente, produziu as manchas de sangue observadas nos joelhos, no hálux (dedão) do pé direito e no piso, ao proceder o movimento de queda para o decúbito dorsal permanecendo nesta posição”, acrescenta o laudo.
O documento diz ainda que a arma e o estojo utilizados no disparo foram removidos do local, mas não foi possível precisar quem fez a retirada do material.
Veja ilustração contida no laudo:
Queda após disparo
O laudo ainda traz detalhes de como foi a queda de Isabele no banheiro, tão logo foi atingida pelo disparo de arma de fogo.
Segundo o documento, a queda da adolescente aconteceu de “forma instantânea”.
“Os achados intracranianos evidenciados no exame necroscópico da vítima demonstram que o óbito ocorreu por traumatismo crânio-encefálico. O projétil, em seu trajeto, atingiu o tronco encefálico, estrutura nobre que dentre outros núcleos, contém o centro respiratório e conecta o encéfalo ao restante do corpo, tendo o óbito, neste caso, ocorrido de forma imediata”.
Segundo os peritos, não há que se falar, neste caso, que a vítima tenha feito qualquer tipo de movimento após ser atingida.
“Com efeito, é improvável que após ser atingida pelo projétil a vítima tenha caminhado pela região do banheiro, nem tão pouco desenvolvido movimentação mista como caminhar e rotacionar, tombar e girar; ou que tenha realizando um tombamento”.
O caso
Isabele Ramos foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela melhor amiga, também de 14 anos.
À polícia, a adolescente que atirou disse que foi em busca da amiga no banheiro do seu quarto levando em mãos duas armas.
Em determinado momento, as armas, que estavam em um case, caíram no chão. “A declarante abaixou para pegar os objetos, tendo empunhado uma das armas com a mão direita e equilibrado a outra com a mão esquerda em cima do case que estava aberto", revelou a menor em depoimento.
"Que em decorrência disso, sentiu um certo desequilíbrio ao segurar o case com uma mão, ainda contendo uma arma, e a outra arma na mão direita, gerando o reflexo de colocar uma arma sobre a outra, buscando estabilidade, já em pé. Neste momento houve o disparo", acrescentou.
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