A funcionária da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Juliana Cruz, foi encontrada e levada para a embaixada brasileira em Damasco, na Síria, na manhã desta terça-feira (5). A informação foi repassada ao MidiaNews pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) .
Juliana foi considerada desaparecida após viajar para o País do Oriente Médio em novembro, a fim de se encontrar com um homem que conhecera pela internet.
A garota foi encaminhada para a embaixada sem sinais de maus-tratos. "Juliana Cruz encontrava-se bem e não tinha sinais de maus-tratos ou qualquer tipo de violência", diz nota do Itamaraty.
Os trabalhos de localização da jovem foram realizados em conjunto com o Governo sírio.
O Itamaraty, no entanto, não confirmou onde a jovem estava quando foi localizada pela representação diplomática no País.
O Ministério informou ainda que não estava autorizado a repassar mais informações à imprensa.
Nesta segunda-feira (4), a Polícia Federal foi informada que Juliana havia sido encontrada com vida, mas não deu detalhes sobre onde ela estava.
O Ministério informou ainda que o consulado local “acompanha o caso de Juliana com a embaixada e a família brasileira”. O responsável pelas investigações no Brasil é o delegado Murilo Almeida Gimenes, do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal.
O caso
Juliana viajou para a Síria no dia 14 de novembro. Às 3h30 (horário de Cuiabá) do dia seguinte, ela fez um "check in" no Facebook, informando que estava no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
No mesmo dia, às 8h54, a garota fez outro "check in", dizendo que estava saindo com destino a Istambul, maior cidade da Turquia. Lá, possivelmente faria uma conexão e iria para Damasco.
De acordo com informações levantadas pela reportagem, Juliana desembarcou em solo sírio no dia 15 de novembro e entrou em contato, várias vezes, com a família. Mas dois dias após a chegada, a mãe não conseguiu mais falar com a filha.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela família no dia 29 de novembro, já que a jovem não retornou para o Brasil, como prometido.
A AMM informou que, para auxiliar as investigações, o notebook que era utilizado pela funcionária foi cedido para que a Polícia Federal possa extrair informações sobre o paradeiro da moça.
Desde 2011, a Síria vive em uma guerra civil, considerada pela ONU a maior crise humanitária do século XXI. A estimativa é de que, ao menos, 250 mil pessoas tenham sido vítimas do conflito, e mais de 4,5 milhões tenham saído do país.
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