Cuiabá, Domingo, 20 de Julho de 2025
HISTÓRIA DE VIDA
18.04.2017 | 17h20 Tamanho do texto A- A+

Morre em Cuiabá menina que lutava contra hidranencefalia

Apesar do prognóstico, a pequena Maria Clara ainda conseguiu viver cinco anos

Marcus Mesquita/MidiaNews

Maria Clara morreu no Pronto-Socorro de Cuiabá, onde estava internada

Maria Clara morreu no Pronto-Socorro de Cuiabá, onde estava internada

VITÓRIA LOPES
DA REDAÇÃO

A pequena Maria Clara da Silva, de 5 anos, morreu na noite desta segunda-feira (17) após ficar 61 dias internada no Pronto-Socorro de Cuiabá.

 

A criança foi diagnosticada com hidranencefalia aos cinco meses de vida.

 

O pai da menina, Claudemir Dias, fez uma postagem no seu perfil do Facebook por volta das 19 horas de segunda falando do quadro delicado da criança. Natural de Alta Floresta (800 km de Cuiabá), Maria Clara morava na Capital com o pai em razão do tratamento.

Bom dia a todos meus amigos. Não está nada fácil pra gente, nossa menininha não está nada bem

 

De acordo com as postagens de Claudemir na rede social, a menina estava internada há mais de dois meses e não respondia aos medicamentos.

 

“Não está nada fácil pra gente, nossa menininha não está nada bem. Esta há 61 dias internada e não está respondendo aos medicamentos. Já está com perca dos órgãos. Lamentável, mas não sei mais o que fazer, está nas mãos de Deus, só ele sabe o que fazer”, lamentou.

 

Aos três meses de vida, os médicos estimaram que a criança não conseguiria sobreviver ao quarto mês. Entretanto, com tratamento contínuo e registros similares à doença, avaliaram que ela poderia viver até os dois anos.

 

Contra todas as expectativas, Maria Clara conseguiu alcançar os cinco anos de vida. Claudemir dedicou-se exclusivamente à filha durante todo este tempo, chegando a mudar de cidade e deixar um emprego em uma fazenda.

 

O velório já está sendo realizado na funerária Alta Floresta e o enterro será amanhã (19).

 

Hidranencefalia

 

A hidranencefalia consiste em uma condição incomum, na qual os hemisférios cerebrais encontram-se ausentes e, preenchendo o espaço resultante dessa ausência, são observados “sacos” repletos de líquido cefalorraquidiano (LCR).

Maria Clara

Claudemir e a filha Maria Clara, que não resistiu

 

Até o momento não se conhece a causa exata do problema. Bebês com esta condição podem parecer normais ao nascer, com tamanho de cabeça normal, bem como o comportamento no geral.

 

Contudo, após algumas semanas, a criança começa a se apresentar mais irritada, além de ocorrer um aumento em seu tônus muscular. Após alguns meses, podem surgir crises convulsivas e hidrocefalia. Além disso, também podem ser observadas alterações do campo visual, ausência de crescimento, perda auditiva, paralisia e retardo mental.

 

O diagnóstico é feito com base no quadro apresentado pelo bebê. Pode ser feito também o diagnóstico pré-natal, durante um exame de ultrassonografia.

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Jaqueline Pereira da Silva  20.11.18 16h31
Que Deus conforte esse pai, o tempo passa mais a saudade fica. Minha prima tbm tem hidranecefalia e em agosto completou 19anos pela graça de Deus.
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Ane  18.04.17 22h58
Que Deus receba esse anjinho e que console o coração desse super pai!
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Patrícia Amorim   18.04.17 18h39
Que Deus a receba de braços abertos.
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