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"ERA SÓ UMA POSE"
16.08.2022 | 16h00 Tamanho do texto A- A+

Morte de técnico que fez sinal com mãos causa revolta e comoção

Jonatan Parpinelli foi morto com três tiros após membros do CV acharem que ele fazia parte do PCC

Reprodução

Jonatan Parpinelli (detalhe) foi morto por fazer sinal de três com as mãos

Jonatan Parpinelli (detalhe) foi morto por fazer sinal de três com as mãos

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Familiares, amigos e até mesmo desconhecidos estão revoltados com a morte por motivo banal do técnico em agropecuária Jonatan Roberto Garcia Parpinelli, de 36 anos.

 

O homicídio foi motivado por ele fazer o sinal de “três” com as mãos enquanto tirava uma foto durante um baile funk no último domingo (14), em Diamantino. O símbolo é característico da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que Jonatan fez de forma inocente.

 

Membros da facção rival Comando Vermelho (CV) estavam no mesmo camarote que Jonatan e o amigo, presenciaram a cena e deduziram que ele seria do PCC.

 

Segundo o delegado Marcos Bruzzi, que coordena as investigações, Jonatan não tinha e nem teve relação alguma com nenhuma facção criminosa.

 

“Esse sinal [de três] foi interpretado por membros do Comando Vermelho como sendo de uma facção rival, momento que começou a confusão generalizada nesse camarote”, explicou.

 

Jonatan foi morto do lado de fora do barracão, depois da briga ter sido contida pelos seguranças do evento.

 

Nas redes sociais a morte do técnico causou revolta: “Às vezes o cara nem sabe o que significa isso. Eu mesma nem sabia. Credo! Esse mundo anda torto mesmo”, dizia uma das publicações.

 

Outra, em que a pessoa alegava também não saber que aquele seria o símbolo do PCC, afirmou: “Eu morreria fácil”.

 

Uma amiga compartilhou a foto que motivou o crime e disse: “Era só uma pose para a foto, isso não significa nada”.

 

“Meu Deus, eu achava que era um símbolo de paz e amor”, publicou. “Um simples gesto já é sentença de morte”.

 

Por amigos, muitos deles de longa data, o rapaz foi descrito como uma pessoa do bem, trabalhadora.

 

Infelizmente mais uma pessoa do bem que não tinha nenhum vínculo com facções, nem com crime. Apenas um gesto numa foto e fizeram essa maldade. Saudades, meu mano. Vai ficar no coração e nas memórias nossa amizade”, dizia uma das mensagens.

 

“Covardia Jonatan era uma pessoa de bem”.

 

De acordo com Bruzzi, as investigações estão avançadas e alguns dos suspeitos já foram identificados. Quando individualizada a participação de cada um deles, os criminosos responderam por homicídio qualificado por motivo fútil.

 

Leia mais sobre o assunto em:

 

Técnico em agropecuária é assassinado em baile funk

 

 

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