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20.04.2017 | 08h45 Tamanho do texto A- A+

MT tem 6 mil famílias em áreas de conflito agrário

Dados fazem parte de um levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra

Reprodução

Ao todo, 6.601 famílias estão em áreas que são alvo de disputa

Ao todo, 6.601 famílias estão em áreas que são alvo de disputa

DO G1

Um levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgado na quarta-feira (17) apontou que 6.601 famílias de Mato Grosso moram em áreas de conflitos agrários. Os dados colocam o estado na 1º posição no ranking do Centro-Oeste e em 6º lugar no ranking nacional. Os números fazem referência aos casos ocorridos em 2016.

 

O maior número de famílias em locais de conflito em Mato Grosso, segundo a CPT, pertencem ao Parque Nacional do Xingu, nos municípios de Querência, Canarana e São Félix do Araguaia. São ao todo, 1.522 mil famílias.

 

O município de Castanheira, a 780 km de Cuiabá, no entanto, aparece no levantamento com o maior número de conflitos no estado. Ao todo, seis fazendas são apontadas como áreas de disputa. No município, 265 famílias pertencem a esses locais.

 

Em comparação com outros estados da região Centro-Oeste, Mato Grosso lidera o ranking. Em segundo lugar, o estado de Goiás tem 3.097 famílias em áreas de conflito. Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal tem, respectivamente, 2.875 famílias e 325 famílias na mesma situação.

 

No ranking nacional, o Maranhão aparece em 1º lugar e, segundo a CPT, tem 18.264 famílias em áreas de disputa. Na sequência, aparecem os estados do Pará (18.167), Bahia (14.918), Amazonas (8.167) e Rondônia (7.039).

 

Em último lugar, o estado de Sergipe tem 80 famílias em áreas de conflito agrário. O levantamento da instituição é feito anualmente.

 

De acordo com o coordenador da CPT Thiago Valentim, as áreas em disputa são em suas maiorias comunidades quilombolas ou áreas indígenas que perderam espaço para o latifúndio. "Historicamente, essas famílias e comunidades tiveram perda da terra para grandes produtores e fazendeiros", afirmou.

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Robélio Orbe  20.04.17 09h08
Ou seja, as áreas em disputas pertencem à Nação e quase todas são Reservas Indígenas legais ou em legalização.
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