Cuiabá, Segunda-Feira, 27 de Outubro de 2025
XEQUE-MATE
10.03.2009 | 09h36 Tamanho do texto A- A+

Operação conjunta Polícia Civil-Sefaz desarticula gangues das autopeças

Foram presas 5 pessoas e apreendidas peças que eram comercializadas irregularmente

Guilherme Filho

Eder Moraes (Sefaz) e Diógenes Curado (Sejusp) fazem balanço da Operação

Eder Moraes (Sefaz) e Diógenes Curado (Sejusp) fazem balanço da Operação

Ação conjunta de repressão e fiscalização da Polícia Judiciária Civil com a Secretaria de Estado de Fazenda, desenvolvida nesta segunda-feira (09.03), em onze lojas de autopeças de Cuiabá, resultou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de 51 câmbios de veículos, documentos e outras peças comercializadas de forma irregular nos estabelecimentos. O balanço da operação “Xeque-Mate” foi apresentado durante coletiva realizada na segunda-feira (9) à tarde, pelo secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, o secretário de Fazenda, Éder de Moraes, o diretor geral da PJC, José Lindomar Costa e os delegados que comandaram a operação.

O secretário Diógenes Curado disse que a Sejusp, desde novembro passado, já vem se preparando para desenvolver ações conjuntas com a Sefaz e que um dos pontos prioritários da parceria é combater os crimes tributários e identificar quadrilhas envolvidas. “De forma proativa queremos identificar os problemas e descobri onde estão os crimes”, afirma. Conforme ele, de início, o foco estará nos receptadores, como no caso da operação Xeque-Mate. “Não adianta trabalhar só as quadrilhas de roubo e furtos de veículos e esquecer a receptação”, ressaltou.

O secretário Éder de Moraes lembrou que o comércio irregular de peças incide sobre a sonegação fiscal, pois as mercadorias são adquiridas por valores bem abaixo do mercado e muitas vezes podem estar relacionadas a roubo ou furto. “Essa ação visa preservar o consumidor final e desestimular o receptador porque ele vai ter que registrar seu estoque”, disse.

O secretário destacou ainda que as lojas onde forem detectadas irregularidades terão suas inscrições suspensas.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), Roberto Amorim, as lojas de revendas de peças estavam sendo acompanhadas há seis meses. “Combater e fiscalizar esses crimes, tirando de circulação os receptadores automaticamente diminuirá os roubos de veículos”, frisou.

A delegada Lusia Machado Fátima Machado, titular da Delegacia Especializada em crimes Fazendários e contra a Administração Pública, também frisou o combate à receptação. De acordo com a delegada, a Polícia Civil, por meio da delegacia, junto com a Sefaz vai intensificar o trabalho. “É um crime que fomenta vários outros e essa ação está apenas começando”, disse.

A operação

Dos 11 estabelecimentos fiscalizados e cumpridos mandados de busca e apreensão, policiais civis e fiscais de tributos da Sefaz identificaram irregularidades em todas as autopeças, mas em cinco as polícia realizou apreensões e prisões.

Na loja “Carol Peças”, na Avenida Carmindo de Campo, foi preso Dirceu Garcia Sela, 56, e apreendidos 17 câmbios adulterados. Dirceu, que já tem uma passagem por crimes de receptação e adulteração de sinal identificador veicular, vai agora responder por receptação qualificada. A segunda prisão aconteceu na autopeça “Casa da Caminhonete”. No estabelecimento, Márcio Zanchi, 61 anos, foi preso por receptação e adulteração. Ele já tem sete passagens pela polícia pelos mesmos crimes. Os policiais apreenderam ainda 4 câmbios, 3 diferenciais e 1 módulo.

Na revendedora, “Pantanal Peças”, foram localizados 15 câmbios adulteração e sem identificação (raspado) e foi preso Joaquim Pereira, 38 anos. José Alberto Cavídio, 38, foi preso na loja “Vlad Peças”, na Carmindo de Campos, com 15 câmbios, 1 diferencial e uma lixadeira. Na loja “Ipiranga Peças”, um revólver calibre 22, de fabricação argentina, e 38 munições do mesmo calibre foram apreendidos, em poder de Dagmar Bonfim, que vai responder por posse ilegal de arma de fogo.

A operação foi comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA) junto com a Delegacia Especializada em crimes Fazendários e contra a Administração Pública, e apoio dos Centros Integrados de Segurança e Cidadania (Cisc) de Cuiabá.

Participaram da operação 48 policiais civis (11 delegados, 26 investigadores e 11 escrivães) e 11 fiscais de tributos da Sefaz, além de peritos criminais. , cumprem 11 mandados de busca e apreensão em lojas de autopeças de Cuiabá.

Os mandados foram expedidos pela juíza Maria Rosi, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá.

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