O pedreiro Osmar Juvenal da Silva, pai de Lilian Martins da Silva, morta ao ser atingida por um disparo de arma de fogo em São José do Rio Claro ( 299 Km de Cuiabá), contesta a versão apresentada pelo delegado da cidade, Nilson André Farias de Oliveira, de que a jovem perdeu a vida tentando desarmá-lo.
O caso ocorreu no dia 6 de fevereiro deste ano. Na ocasião, Lilian e a ex-mulher do namorado dela, Lucélia Barbosa dos Santos, discutiam no meio da rua. O delegado, que passava pelo local, tentou separar a briga. No meio da confusão, porém, Lilian acabou sendo atingida por um tiro da arma do delegado.
À época, Nilson Farias disse que a vitima tentou tomar seu revólver, que acabou disparando.
O pai da jovem, porém, afirmou que um vídeo do local do fato comprovaria que, em nenhum momento é possível ver a filha tentando tirar a arma da mão do delegado (veja o vídeo abaixo).
Pelo vídeo, é possível ver Lilian conduzindo uma motocicleta pela Rua Santa Catarina. Ela é fechada por um carro e decide parar. Neste momento, Lucélia desce do veículo e parte para cima dela.
As duas começam a brigar na calçada de um comércio, quando uma terceira mulher, que seria a irmã da Lucélia, Valéria Fernandes Barbosa, também começa a desferir tapas contra a vítima.
Logo em seguida, o delegado chega no local em um veículo e desce com arma na mão. A terceira mulher se afasta da briga, enquanto Lucélia continua em cima da Lilian, ambas se agredindo.
O delegado tenta separar as mulheres,mas cai no chão e, neste momento, ocorre o disparo.
Lucélia se levanta e Lilian fica imóvel. O delegado se levante e entra em desespero.
Logo depois, com ajuda de populares, Nilson Faria coloca a vítima em seu veículo e sai em direção ao hospital.
Lilian não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.
“A gente quer justiça, porque tem mais de 100 dias da morte dela e nada foi feito. Eu sou pai, sofro por tudo que aconteceu e quero que todos paguem pelo o que fizeram, tanto o delegado, quanto essas mulheres que agrediram minha filha. Ninguém tem direito de bater e tirar a vida de ninguém”, disse Osmar.
Outro lado
A Polícia Civil, por meio da assessoria de imprensa, informou que a delegada que investiga o caso, Alessandrah Marquez Alecrim, da regional de Nova Mutum, aguarda laudos periciais das imagens das câmeras de segurança e de balística da arma do delegado para elucidar o caso.
O inquérito, conforme a Polícia Civil, deve ser encerrado nos próximos dias 30 dias. Todas as testemunhas já foram ouvidas.
A reportagem não conseguiu contato com o delegado Nilson Faria.
Veja o vídeo publicado:
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1 Comentário(s).
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Ruy Aquino 21.05.17 09h10 | ||||
Porque o delegado desceu de arma em punho para separar uma briga de mulheres? | ||||
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