Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Dezembro de 2025
ASSASSINATO
24.02.2016 | 17h43 Tamanho do texto A- A+

Pai diz que rapaz estuprou a filha e alega legítima defesa

Produtor rural se apresentou à Polícia Civil na terça-feira (24) e, em seguida, foi liberado

Reprodução

Lucas Ferreira foi assassinado na sexta-feira (19), em Brasnorte

Lucas Ferreira foi assassinado na sexta-feira (19), em Brasnorte

VINÍCIUS LEMOS
DA REDAÇÃO

O produtor rural suspeito de matar um rapaz de 21 anos, que engravidou sua filha, de 15 anos, foi liberado pela Polícia Civil, depois de prestar depoimento sobre o caso, na terça-feira (24).

 

O homem afirmou que praticou o crime em legítima defesa. Ele também relatou que a filha engravidou depois de ser estuprada pelo jovem.

 

O crime aconteceu na região rural de Brasnorte (579 km a Noroeste de Cuiabá), na última sexta-feira (23).

 

Em depoimento à Polícia Civil, o produtor contou que a filha foi a Campo Novo do Parecis (a 397 km da Capital) para realizar um tratamento ortodôntico. Na cidade, ela teria ido a uma festa, acompanhada de uma amiga maior de idade.

 

No evento, segundo ele, a garota teria tomado uma bebida que continha uma espécie de “Boa Noite, Cinderela”.

 

O suspeito afirmou que a menina ficou inconsciente e acabou sendo abusada sexualmente por Lucas Ferreira Batista.

 

Ao acordar, a jovem teria sentido dores nos órgãos genitais, no entanto, não sabia que havia acontecido o ato sexual.

O pai dela contou que o rapaz queria levá-la embora, de qualquer jeito. Então, ele teria disparado um tiro para o alto, para tentar assustá-lo

 

Em depoimento, o homem contou que a filha somente soube que havia sido estuprada quando descobriu a gravidez, aos dois meses de gestação.

 

Lucas Ferreira ainda teria entrado em contato com a garota, tempos depois do suposto estupro, e, ao descobrir a gestação, teria pedido para que ela fosse morar junto com ele. A adolescente, no entanto, não teria aceitado a proposta.

 

O delegado André Luis Barbosa, responsável pela condução do caso, relatou que o rapaz tentou, por diversas vezes, levar a adolescente para sua cidade.

 

Porém, Barbosa contou que, depois de várias tentativas frustradas, na última sexta-feira (19), o rapaz teria ido à residência da família da garota e utilizado de agressividade para tentar levá-la.

 

“O pai dela contou que o rapaz queria levá-la embora, de qualquer jeito. Então, ele teria disparado um tiro para o alto, para tentar assustá-lo”, comentou.

 

No entanto, ainda conforme o depoimento do suspeito, o disparo teria culminado em uma discussão acalorada entre os dois e Lucas teria iniciado uma luta corporal com o pai da garota.

 

“Quando o rapaz partiu para cima dele, o pai da adolescente disse que pegou um pedaço de uma cerca que estava nas proximidades e golpeou o Lucas três vezes na cabeça”, disse.

 

Segundo a Polícia Civil, a vítima sofreu lesão craniana, não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois, na área rural.

 

Um amigo, que acompanhava Lucas durante a ida à casa da garota, fugiu do local após o início das agressões.

 

Testemunhas confirmam versão

 

De acordo com o delegado, testemunhas que presenciaram a adolescente na festa onde ela possivelmente teria sido estuprada, confirmaram a versão do abuso sexual.

 

“Algumas pessoas que estavam no evento disseram que ela estava inconsciente”, contou.

 

Segundo Barbosa, as investigações sobre o assassinato apontam que o suspeito agiu em defesa própria.

 

“Tudo indica que o pai da jovem agiu em legítima defesa, pois o rapaz havia avançado nele”, afirmou.

 

Liberado pela Polícia

 

Depois de prestar esclarecimentos sobre o caso, o produtor rural foi liberado pela Polícia Civil.

 

O delegado André Luis Barbosa explicou que, por ter se apresentado espontaneamente, o homem não foi preso.

 

“Ele assinou um termo de compromisso e assegurou que irá comparecer a todas as notificações que receber sobre o caso, sejam elas na Polícia ou na Justiça”, comentou.

 

Barbosa não descartou que haja novas vertentes no inquérito policial que investiga o caso.

 

“Caso surja algum fato novo, que apresente outra linha de investigação, a Polícia Civil pode solicitar a prisão dele”, pontuou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Rapaz é morto por sogro que não aceita gravidez da filha

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Valdemar Schutz  25.02.16 13h12
Valdemar Schutz, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas