O cabeleireiro Alberto Rodrigues Gomes afirmou ter perdido o filho, o barbeiro Matheus Santello Gomes, de 31 anos, para as drogas e o tráfico. O rapaz foi morto a tiros e encontrado, na noite de sábado (1°), com as mãos amarradas por um pano em uma área de mata em São José do Rio Claro (a 297 quilômetros de Cuiabá).

Em entrevista ao Grupo Arinos, Alberto contou que o último contato com o filho foi na noite de sexta-feira (31), quando Matheus levou os pais à igreja e prometeu buscá-los após a missa.
“Ele levou a gente à paróquia São José, onde minha esposa é ministra. Ficou combinado dele vir buscar a gente depois da missa, mas ele não voltou. Esperamos, descemos a pé pra casa, e até cedo nada dele aparecer”, afirmou o Alberto.
Matheus estava com o carro do pai que foi encontrado escondido atrás de uma borracharia. “Fomos lá e encontramos o veículo com a chave no contato e os vidros abertos, mas ele não estava lá”, relatou.
O corpo de Matheus foi encontrado em uma área de mata no bairro Ypê. Ele estava com as mãos amarradas por um pano, vestindo apenas uma bermuda jeans e chinelos. O corpo apresentava marcas de disparos de arma de fogo nas costas e no ombro esquerdo.
“Meu filho teve tudo para ser alguém na vida. Foi coroinha, bombeiro mirim, participou de oficina de oração no Colégio das Freiras, Seminário de Vida no Espírito Santo na Renovação Carismática Católica. Aprendeu o ofício de barbeiro só olhando eu trabalhar, porque eu sempre fui cabeleireiro, mais de 30 anos de profissão”.
Alberto conta que trabalhou por 22 anos como voluntário em uma casa de dependentes químicos e que o filho o ajudava. “Ele ia comigo, desde a barriga da mãe e hoje vejo meu filho morto pelo tráfico. Perdi meu filho para a droga e para o tráfico”, desabafou.
A família havia se mudado de São Paulo para Mato Grosso há cerca de um ano, em busca de um recomeço. Alberto e o filho mais novo, engenheiro agrônomo, trabalham juntos no agronegócio. E Matheus, segundo ele, era, “infelizmente, a ovelha negra da família”.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que apura as circunstâncias e motivação do crime.
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