LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, já cumpriu seis dos 31 mandados de prisão de acusados de envolvimento em arrombamentos de caixas eletrônicos em Mato Grosso. Todos os suspeitos foram presos em Cuiabá e Várzea Grande, nesta quinta-feira (25).
Outros 17 mandados serão cumpridos dentro de unidades prisionais de Mato Grosso (11), Amapá (1), Mato Grosso do Sul (1), Rondônia (2), São Paulo (1) e Pará (1), onde os envolvidos já se encontram reclusos por outros crimes.
Segundo o GCCO, oito pessoas estão foragidas, sendo seis em Mato Grosso e duas em Rondônia. Em dois anos de investigação, o grupo já identificou o envolvimento de quase 50 pessoas em ataques a terminais de autoatendimento no Estado.
O montante já faturado por essa quadrilha, no entanto, ainda não foi revelado pela Polícia, que aguarda a confirmação dos valores por parte das instituições bancárias.
Mary Juruna/MidiaNews
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Polícia Civil deflagrou a Operação Implosão na manhã desta quinta-feira (25)
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A aplicação do dinheiro roubado, porém, não é mistério, segundo um dos delegados do GCCO, Gianmarco Paccola.
“Todo o dinheiro arrecadado por eles era destinado ao tráfico de drogas. Eles são responsáveis por explosões de caixas eletrônicos em 20 municípios do interior de Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul”, afirmou o policial.
Paccola ressaltou que todos os suspeitos que tiveram os mandados de prisão expedidos pela Justiça já possuem passagens pela Polícia pelos mais diversos crimes, que variam de furtos e roubos a homicídios, receptação de material roubado, estelionato e falsidade ideológica.
“Eles usavam maçaricos e explosivos em suas ações. Não descartamos a possibilidade de que o furto que ocorreu na empresa Votorantim, em 17 de janeiro deste ano, tenha ligação com os explosivos usados por eles em outras ações criminosas”, disse.
Desde 2011, segundo a PJC, 175 caixas eletrônicos já foram arrombados em Mato Grosso, sendo 103 em 2011, 66 em 2012 e seis neste ano.
BuscaEm Mato Grosso, os mandados de prisão continuam sendo cumpridos nesta quinta-feira em Cuiabá, na Penitenciária Central do Estado (6) e no Centro de Ressocialização do Carumbé (2); em Santo Antônio do Leverger, no Presídio Agrícola das Palmeiras (1); e em Sinop, no Presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem” (2).
“Parte dessas ações criminosas foi comandada de dentro dos presídios, por meio do uso de celular”, explicou Paccola.

"Parte dessas ações criminosas foi comandadas de dentro dos presídios, por meio do uso de celular”"
Todos os presos serão mantidos em custódia da Polícia Civil, na sede da Polinter, em Cuiabá, para colaborarem com os inquérito.
O GCCO não descarta a possibilidade de algum dos suspeitos integrar a lista de procurados da “Operação Sétimo Mandamento”, deflagrado pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), em dezembro de 2011.
Mais envolvidosSegundo Paccola, o inquérito pedia pela prisão temporária de 33 pessoas, mas apenas 31 mandados foram expedidos pela Justiça.
“Isso porque houve dúvidas quanto à identificação de duas pessoas. Uma delas pode estar morta, já, e a outra apresentava um nome errado, homônimo, e a Justiça preferiu não expedir o mandado para evitar prender um homem inocente”, explicou.
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