Cuiabá, Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
CRIME FEZ 2 ANOS
04.12.2021 | 11h40 Tamanho do texto A- A+

Polícia revela imagens de executores de advogado em Cuiabá

O advogado Antônio Padilha foi morto a tiros no Jardim Leblon; polícia ainda busca motivação do crime

Reprodução/MidiaNews

Dupla seguiu Antônio Padilha (detalhe) desde que ele saiu de casa

Dupla seguiu Antônio Padilha (detalhe) desde que ele saiu de casa

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Há exatos dois anos do assassinato do advogado Antônio Padilha de Carvalho, a Polícia Civil revelou imagens dos criminosos que o perseguiram e executaram à queima-roupa, em Cuiabá (veja as imagens no final da matéria).

 

O crime aconteceu em 4 de dezembro de 2019, quando o advogado foi alvejado a tiros por dois homens em uma motocicleta ao parar em um semáforo, no Bairro Jardim Leblon.

 

A equipe de investigadores, liderada pelo delegado Marcel Oliveira, trabalha agora para descobrir a motivação do crime - que ainda é um mistério - e assim, poder chegar às identidades e ao paradeiro da dupla. 

 

Uma das hipóteses iniciais era a de que Antônio teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). Essa hipótese, no entanto, foi descartada no curso das investigações.

Passamos a analisar esse crime como uma execução. Agora a gente busca as motivações dele

 

“A gente apura todos os fatos e uma das informações que foram ventiladas era a de que ele [Antônio] poderia estar com alguma quantia em dinheiro debaixo do assoalho do carro”, explicou o delegado em entrevista ao MidiaNews

 

Conforme o avanço das investigações, a equipe passou, então, a tratar o caso como homicídio. 

 

“Passamos a analisar esse crime como uma execução. Agora a gente busca as motivações dele”, disse.

 

Segundo o delegado Marcel, não se descarta a possibilidade de um crime de mando, no qual os criminosos que tiveram as imagens divulgadas seriam apenas os executores da vítima. 

 

Perseguido até a execução

 

A partir da análise de filmagens de câmeras de segurança durante o trajeto percorrido por Antônio, a equipe identificou que dois homens em uma motocicleta preta o seguiram desde que ele saiu de casa, no Bairro Altos do Coxipó, até o ponto onde o crime ocorreu. 

 

“A gente pode ver que eles vêm atrás, colados no veículo, esperando o melhor momento”, complementou. 

 

O advogado estava acompanhado da esposa e os dois seguiam com destino ao Bairro Areão, para uma consulta marcada em uma clínica de fisioterapia. O casal saiu de casa nas primeiras horas da manhã, por volta das 7h45. 

 

Antônio foi executado à queima-roupa quando parou no semáforo da Rua Benedito de Camargo, esquina com a Avenida dos Trabalhadores - tradicional e movimentada via da Capital. 

 

Quando o sinal fechou, a dupla parou estrategicamente ao lado carro de Antônio, que no momento dirigia o veículo, e o atingiu com vários disparos de arma de fogo. Os tiros acertaram a região lateral da cabeça do advogado, além do pescoço e do tórax. 

PJC-MT

Caso Padilha

Dupla que executou o advogado Antônio Padilha

 

A esposa de Antônio, Teresinha Maria das Graças Pereira, chegou a ser atingida por alguns estilhaços das balas. Ela morreu em 25 de abril deste ano, vítima da Covid-19.

 

Apesar de não haver imagens da execução, segundo o delegado, não há dúvidas de que a dupla tenha cometido o crime.

 

“Temos depoimentos que corroboram que eram, justamente, esses dois suspeitos na moto, com essas mesmas características”, explicou. 

 

População pode ajudar

 

Ambos os suspeitos usavam capacetes pretos. O piloto vestia uma blusa de moletom em tons mesclados de vermelho e uma calça jeans. Já o carona usava uma jaqueta preta e uma calça também preta.

 

Segundo delegado, a partir das imagens divulgadas, a população pode ajudar a polícia a descobrir a identidade ou o paradeiro dos pistoleiros, bem como as possíveis motivações do crime. Basta entrar em contato pelo telefone da Polícia Civil, o 197. 

 

“De forma totalmente sigilosa, a população pode, eventualmente, ajudar identificando quem são esses pistoleiros, quem são os executores do Antônio Padilha”, afirmou Marcel.

 

Dinâmica de uma investigação

 

Segundo o delegado Marcel, quando se investiga um caso de homicídio, trabalha-se em quatro fases: mecânica, últimos passos, motivação e autoria.

 

A mecânica do crime, explicou, é estabelecer quais foram as circunstâncias do fato. Na sequência, a polícia busca reconstruir os últimos passos da vítima. “Isso a gente tem desenhado”, afirmou o delegado sobre o caso do advogado. 

 

Posteriormente é a vez de desvendar a motivação desse crime. “Quando você chega na motivação, você provavelmente chega na autoria. Ou seja, se você conseguir desenhar esses três [mecânica, últimos passos e motivação] automaticamente você vai chegar em um possível autor”, disse.

 

“[Neste caso] a gente não tem uma possível motivação desenhada. [...] Hoje eu não trabalho com suspeitos dentro deste inquérito”, disse.

 

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa segue investigando o caso.

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