O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, afirmou nesta terça-feira (21) que a Corregedoria da Polícia Militar abriu uma investigação sobre a morte do pedreiro Benilson da Silva, de 29 anos, no bairro Santa Rosa II, em Cuiabá.
Benilson foi atingido com um tiro no tórax por um policial militar, no último domingo (19), após supostamente agredi-lo e tentar desarmá-lo.
O caso ocorreu na residência de uma prima do pedreiro, na Avenida Brasil. Uma viatura policial teria ido até a casa após avistar quatro homens correndo com "saquinhos" de cocaína para dentro do local.
A família do pedreiro nega a versão e afirma que um vídeo gravado no local mostra que o pedreiro foi executado “injustamente” pelo PM.
“São duas versão que serão apuradas para tentar encontrar a verdade dos fatos e assim dar uma resposta a toda a sociedade”, disse Rogers, em entrevista ao MidiaNews.
“Mas é importante deixar claro que a investigação está sendo aberta não porque há indícios evidentes, mas sim porque nós queremos transparência no caso”, completou.
Segundo o secretário, além da Corregedoria da PM, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também já instaurou um inquérito policial para apurar o fato.
O policial envolvido no caso já foi identificado e deve prestar depoimento nos próximos dias. Os companheiros de farda dele que participaram da ação também serão intimados a depor. Além deles, a família do pedreiro deve ser ouvida.
“Foi tudo registrado. O exame pericial já foi feito. É algo de conhecimento público. Agora, nós precisamos verificar o que de fato ocorreu e se houve falha ou não no procedimento”, disse.
De acordo com Rogers Jarbas, caso o PM seja considerado culpado durante a investigação, serão aplicadas medidas que podem culminar na expulsão do mesmo, além de responder judicialmente por homicídio culposo.
“Mas não estamos julgando aqui que houve ou não o crime. Estou dizendo que vamos apurar o fato e todas as medidas cabíveis serão adotadas tanto pela Polícia Militar quanto pela Justiça”, afirmou.
Questionado sobre a atitude do PM na ação, se era necessário mesmo ele ter atirado, o secretário preferiu não tecer opinião.
“Eu não vou emitir opinião pessoal de um fato que merece apuração. Meu papel aqui é dar as respostas a partir da apuração, e não opinião pessoal” pontuou.
Veja o vídeo da confusão:
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