WS: "Não tenho nenhum problema em repassar a Arena para a Seduc"

O secretário de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), afirmou que a sua Pasta está com uma “carga pesada” com relação às obras do VLT e da Arena Pantanal, ambas sub judice.

Para o secretário, a transferência da gestão do estádio para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) seria uma das alternativas viáveis para resolver a questão.

“Eu tenho uma audiência com o governador e vamos ouvir dele qual é a definição, se a gente continua na busca de um arrendamento ou se sai desse processo e a Seduc assume a Arena Pantanal”, disse.

“Está judicializado, é confusão para mais de metro. Eu não tenho nenhum problema em passar isso para a Seduc, porque a carga é pesada e é muita coisa para eu carregar”, acrescentou.

A carga é pesada e é muita coisa para eu carregar

Na semana passada, Wilson Santos afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) havia determinado a entrega da obra da Arena Pantanal à iniciativa privada.

O estádio, durante a primeira fase da Copa do Mundo em 2014, recebeu quatro jogos. Depois disso, virou local dos jogos do estadual mato-grossense e de jogos esporádicos de times na série A, do Campeonato Brasileiro.

“Nós gastamos mais de R$ 700 mil por mês para a manutenção da Arena. Eu não posso continuar com esse elefante branco”, disparou.

Caso a mudança de gestão da Arena se concretize, a Seduc já anunciou que vai transformar parte do espaço no primeiro "estádio-escola" de Mato Grosso.

Marcus Mesquita/MidiaNews

A Arena Pantanal, que deverá abrigar uma "escola-estádio"

De acordo com o secretário de Educação, Marco Marrafon, o projeto será inspirado no Ginásio Experimental Olímpico do Rio de Janeiro, onde os alunos que têm aptidão para o esporte são direcionados e recebem incentivos e estrutura para que desenvolvam suas habilidades.

Segundo Wilson Santos, a maior dificuldade neste momento é resolver a questão judicial com a Mendes Júnior - responsável pela construção da Arena.

Na Justiça, a empreiteira chegou a ter R$ 28 milhões bloqueados, por uma decisão da juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá. O bloqueio, no entanto, foi revertido em novembro do ano passado.

“A banca de advogados da Mendes Júnior não é brincadeira, é uma das melhores do Brasil. A gente está buscando um denominador comum nisso aí. Vamos tentar fazer o mesmo que fizemos com o VLT: paciência, humildade e sentar para conversar com todos os atores dessa história”, pontuou.

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