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24.02.2012 | 11h56 Tamanho do texto A- A+

Arrecadação no Brasil volta a ter recorde

Contribuições chegaram a R$ 102,5 bilhões em janeiro

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Após o recorde da arrecadação de impostos no ano passado, que somou R$ 969,907 bilhões, o mês de janeiro voltou a ter resultado recorde. No mês, os brasileiros pagaram um total de R$ 102,579 bilhões em impostos, alta real de 6,04%. 

Apesar do resultado recorde, o aumento foi mais tímido do que vinha sendo registrado pela Receita no ano passado. No ano todo, o porcentual de crescimento da arrecadação foi de 10,1%. Em janeiro do ano passado, o crescimento sobre o ano anterior foi de 15%. 

A desaceleração já era esperada pela Receita. Ao anunciar a arrecadação do ano passado, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, previu crescimento menor da arrecadação em janeiro deste ano. 

- Assim como no ano passado, haverá reflexo da economia do final de 2011 no início do ano, apesar de termos visto aquecimento do consumo em dezembro. O crescimento esperado para janeiro é possivelmente menor do que o crescimento de janeiro de 2011, a intensidade do crescimento será menor. 

O motivo principal da desaceleração é o crescimento menor da economia brasileira. Quando a economia cresce, a arrecadação aumenta porque todos pagam mais impostos (maior venda de produtos, salários maiores). 

Quando a economia cresce menos, a arrecadação também cresce em ritmo menor. Para 2012, o governo prevê expansão da economia brasileira de 4,5%, mas o mercado acredita em crescimento mais modesto, de 3,3%.

O resultado da arrecadação do governo, seja quando ela aumenta ou diminui, tem um impacto indireto no bolso dos brasileiros. 

O crescimento da arrecadação pode levar o governo a fazer mais investimentos no setor público, como a contratação de servidores ou mesmo por meio de aumento nos salários dos servidores, o que deveria resultar na melhora dos serviços oferecidos à população – o que nem sempre acontece. 

O aumento na arrecadação significa que os brasileiros pagaram mais impostos, porque as empresas geraram mais emprego, aumentando a contribuição, porque as pessoas consumiram mais produtos – sobre os quais a carga tributária é intensa – ou mesmo em razão da criação de novos tributos. 

Já quando a arrecadação do governo cai, a tendência é que ocorra um corte de gastos. Entretanto, o setor público não tem como reduzir suas despesas imediatamente, porque não dá para cortar funcionalismo, deixar de pagar Previdência e interromper investimentos em andamento. 

O governo não vai parar uma obra no meio. Portanto, a tendência é ele pegar dinheiro emprestado no mercado ou lançar medidas para aumentar a arrecadação. 

Entretanto, se a queda na arrecadação persiste por um longo período, o governo pode reduzir seus planos de investimentos futuros, o que pode ter efeitos nos diversos setores, como infraestrutura, educação e saúde.



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