O economista Luiz Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians, considera que a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro será mais benéfica para o país do que a Copa do Mundo de 2014.
A afirmação foi feita em resposta ao questionamento sobre se um eventual descontrole dos gastos públicos poderia levar o Brasil a uma crise semelhante à vivida hoje pela Grécia. Atenas foi sede dos Jogos de 2004 e o custo das obras para o evento ultrapassou o orçamento inicial (de US$ 1,5 bilhão) em quase oito vezes.
'No Brasil estaremos antecipando investimentos em infraestrutura', comparou Rosenberg, durante evento sobre recuperação de crédito. 'Aqui, a Olimpíada terá mais importância econômica do que na Grécia, ninguém precisa ter medo.'
Para o economista, a Olimpíada ajudará a fortalecer outros esportes no país, não apenas o futebol. 'Já tentei desenvolver no Corinthians atletismo, natação e vôlei, mas os projetos não vão para frente por falta de patrocínio, não existe público', ressaltou.
Mas Rosenberg, que está às voltas com a construção do estádio do Corinthians em Itaquera, zona leste de São Paulo, e que poderá sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo, diz que o país não tem a menor necessidade de sediar o evento. 'Quem precisa são os Estados Unidos, que não têm tradição no esporte, Japão ou Coreia', enumerou. 'A única vantagem, no nosso caso, é que talvez fique mais fácil ganhar.'
O economista, porém, defendeu a construção do 'Itaquerão' ? por ele chamado de 'Invejão'. 'Os incentivos fiscais [que podem chegar a R$ 420 milhões] para a construção do estádio estão previstos para qualquer investimento na região desde a administração da Marta [Suplicy]', argumentou.
Rosenberg afirmou ainda que, dos dez estádios que estão sendo construídos, somente o do Corinthians é economicamente viável. 'Temos convicção de que vamos pagar cada centavo ao BNDES.' A construção do Itaquerão é orçada em R$ 820 milhões.
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