Cuiabá, Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025
Fogo Amigo
29.03.2017 | 13h40 Tamanho do texto A- A+

21 anos de prisão

Pena é desestímulo para colaboração, diz Riva

DA REDACAO
rodrigo murdrov

O advogado Rodrigo Mudrovitsch, um dos que defender Riva

Após receber a condenação de 21 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por peculato e lavagem de dinheiro, relacionados à operação Arca de Noé, o ex-deputado José Riva se manifestou, por meio de sua defesa.

 

Além de discordar da pena, os advogados de Riva dizem que ele colaborou com a Justiça, o que não teria sido considerado pela juíza. "A sentença representa um desestímulo a atos de colaboração com o Poder Judiciário, na contramão do que reza a legislação mais moderna e na contramão do que tem sido visto atualmente em outras operações relevantes", diz nota divulgada.

 

"A condenação pelo crime de lavagem de dinheiro é completamente descabida, haja vista que o próprio órgão ministerial já havia se manifestado pela absolvição de José Riva em relação a esse delito. A pena fixada para o crime de peculato é extremamente desproporcional", opinou a defesa.

 

A Arca de Noé apura um esquema de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando Riva presidia a Mesa Diretora.

 

Veja a íntegra da nota de Riva:

 

"A defesa de José Geraldo Riva manifesta discordância e surpresa com o teor da primeira sentença penal proferida contra o seu cliente no âmbito da Operação Arca de Noé.

De início, relembra a defesa que ainda pende de apreciação, pelo STJ, questionamento referente à incompetência absoluta da Justiça Estadual para processar e julgar a causa. Já há precedentes do STF em casos idênticos que fixam a competência da Justiça Federal para análise do caso, o que tende a levar à anulação da sentença condenatória proferida hoje.

Além disso, entende a defesa que a condenação pelo crime de lavagem de dinheiro é completamente descabida, haja vista que o próprio órgão ministerial já havia se manifestado pela absolvição de José Riva em relação a esse delito.

Por fim, destaca a defesa que a pena fixada para o crime de peculato é extremamente desproporcional. Além de violar frontalmente diversos dispositivos do Código Penal e o entendimento pacífico dos Tribunais superiores, a dosimetria da pena imposta a José Riva não faz justiça à postura colaborativa adotada por José Riva ao longo de todas as ações penais da operação Arca de Noé.

 

Desconsidera a ampla contribuição feita por ele para as investigações e ignora que o próprio MP utilizou as decorações de José Riva como embasamento para alavancar as investigações contra outros réus.

 

A sentença representa, portanto, um desestímulo a atos de colaboração com o Poder Judiciário, na contramão do que reza a legislação mais moderna e na contramão do que tem sido visto atualmente em outras operações relevantes.

De toda sorte, a defesa de José Riva segue confiante na capacidade do Poder Judiciário e do MP de fazer justiça. A sentença em questão será impugnada mediante recurso.

Por fim, destaca a defesa que a linha colaborativa que vem sendo adotada por José Riva não será modificada em razão da sentença."

 

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