A defesa do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE), Waldir Teis, ingressou com pedido de relaxamento de prisão no Superior Tribunal Justiça (STJ).
Teis foi preso na quarta-feira (1) ao se apresentar à Polícia Federal após tomar ciência do mandado de prisão preventiva, que foi proferido pelo ministro Raul Araújo, do STJ.
Ele tentou embaraçar a investigação da Polícia Federal ao jogar cheques assinados em branco e canhotos no lixo do prédio enquanto eram cumpridos, em seu escritório, mandados de busca e apreensão no âmbito da 16ª fase da Operação Ararath.
A tentativa foi flagrada pelas câmeras de segurança do Centro Empresarial Maruanã, onde ele aluga uma sala.
Arquivo/Secom-MT
O advogado Diogenes Curado : "O erro do conselheiro foi tentar evitar, da pior forma possível, que seus filhos entrassem em um problema que não era deles. Quem é pai, que cuida, entende isso"
Conforme o advogado Diogenes Curado, que faz a defesa do conselheiro, o pedido de relaxamento explica que os cheques jogados no lixo não seriam provas de crimes e que a atitude foi apenas um rompante que o conselheiro teve como forma de proteger familiares.
“Os documentos que estavam sendo descartados, já demonstramos, que não se tratavam de provas de crime, eram de empresas legalmente constituídas. O erro do conselheiro foi tentar evitar, da pior forma possível, que seus filhos entrassem em um problema que não era deles. Quem é pai, que cuida, entende isso”, disse Diogenes Curado ao MidiaNews.
No pedido ainda é citada a fragilidade da saúde do conselheiro afastado, que é hipertenso.
“Ele é idoso, hipertenso, toma remédios para isso, e com esse problema da Covid-19, está no grupo de risco”, defendeu Curado. Teis tem 66 anos.
Prisão do conselheiro
O ministro Raul Araújo, ao expedir o mandato de prisão preventiva, apontou indícios de materialidade e autoria dos crimes investigados.
Ele argumentou a “garantia da ordem pública, para a conveniência da instrução criminal e também pelo perigo gerado pelo investigado contra a elucidação dos fatos”.
Segundo o relatório da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), que embasou a prisão, os cheques são de empresas ligadas à organização à qual o conselheiro é suspeito de integrar.
Segundo o MPF, os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil.
O conselheiro, ao tomar ciência do mandado de prisão, compareceu à sede da PF e foi preso pelos agentes federais.
Por se tratar de um conselheiro, Teis foi encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC).
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Câmeras flagraram Teis descendo escadas e descartando cheques
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11 Comentário(s).
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| Graci Ourives de Miranda 11.07.20 21h09 | ||||
| Walter TEIS, EM PLENO VIGOR, caminhou lances de escadas rapidinho. | ||||
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| Paulo 11.07.20 17h20 | ||||
| Cadeia só para quem não tem poder aquisitivo quem tem dinheiro usa nesse momento o seu advogado... pegou um cargo de secretário de fazenda no governo passado fez o que muitos aí fazem que é falar que estado tá quebrado e não pode pagar nosso RGA e acaba aí infinita tribunal de contas do estado onde todos os políticos querem uma cadeira lá e os funcionários não tem poder, fica aí defasado os salários Nossos! Uma pena isso não vai acabar! | ||||
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| Alzite Egidio da Costa 08.07.20 00h14 |
| Alzite Egidio da Costa, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
| Erivaldo 07.07.20 13h46 | ||||
| Curado, use outro argumento! Seu paciente está em otima forma fisica! | ||||
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| Neia Opina 06.07.20 15h12 | ||||
| No caso desse pobre idoso, hipertenso, o lugar perfeito pra descansar e ficar isolado é a cela. | ||||
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