A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1º Vara Criminal de Sorriso, concedeu liberdade provisória ao presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACES), Sávio Zaniolo, que fez disparos e ameaçou convidados de uma festa em sua casa.
O dirigente empresarial estava detido desde terça-feira (1º) e foi indiciado por tentativa de homicídio contra um motorista de aplicativo e pela infração penal de vias de fato contra um menor.
Já nesta quinta-feira (3), durante a audiência de custódia, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu que a prisão em flagrante fosse convertida para prisão preventiva.
Já a defesa de Zaniolo entrou com o pedido de liberdade provisória, que foi acatado pela magistrada.
“Apesar da legalidade da prisão e da certa gravidade do delito, entendo que não existem elementos ensejadores da manutenção da prisão, vez que não há nos autos indícios que o detido gere desordem pública, que solto irá prejudicar a colheita de provas, ou evadir-se, com intuito de prejudicar uma possível condenação”, disse em trecho da decisão.
Zaniolo pagou fiança de R$ 20 mil e ainda precisará cumprir as medidas cautelares solicitadas pela juíza. Dentre elas está a suspensão de seu porte de arma, a obrigação de comunicar a Justiça caso troque de endereço e a comparecer nos atos do processo.
Além disso, ele está proibido de manter contato com as vítimas citadas no boletim de ocorrência.
Noite de fúria
No dia da prisão do dirigente, testemunhas relataram à Polícia Militar que Zaniolo teria atacado um dos convidados sem motivo e começado a agredi-lo com puxões de cabelo e socos.
Durante a confusão, ainda de acordo com o boletim de ocorrência, uma das filhas e a esposa de Zaniolo tentaram contê-lo, porém não conseguiram.
Em seguida, o dirigente lojista teria corrido para o segundo andar da casa e os convidados ouviram barulhos de tiro. Assustadas, as testemunhas correram para fora do imóvel e teriam sido seguidas por ele.
O boletim de ocorrência relata ainda que Zaniolo teria atirado na direção das pessoas que estavam correndo. O motorista de aplicativo, que passava pelo local, quase foi atingido.
Depoimentos
Na audiência, o motorista afirmou que quando chegou próximo à casa de Zaniolo ele já estava armado e disparou sete vezes em direção ao seu carro.
No momento da confusão, o condutor estava com três passageiros no veículo que precisaram ficar abaixados.
Na decisão é detalhado que o motorista não sofreu qualquer lesão e chegou e saiu do local em seu próprio veículo, que não foi alvejado.
No entanto, apesar do relato da vítima, no B.O. da PM, consta que foram localizadas 4 cápsulas deflagradas de calibre 9mm na frente da casa.
A esposa e a filha do dirigente afirmaram que só ouviram um disparo dentro de casa e não comentaram sobre os tiros fora do imóvel.
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