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01.10.2019 | 16h07 Tamanho do texto A- A+

TJ vê "alta periculosidade" e mantém a prisão de tenente da PM

Desembargadores do Tribunal entenderam que policial militar deve continuar preso

Divulgação

O tenente da Polícia Militar Cleber de Souza Ferreira

O tenente da Polícia Militar Cleber de Souza Ferreira

THAIZA ASSUNÇÃO
DO MIDIAJUR

A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou revogar a prisão do tenente da Polícia Militar Cleber de Souza Ferreira, um dos alvos da Operação Coverage, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

 

A decisão foi tomada durante sessão na tarde desta terça-feira (1º). O voto do relator Marcos Machado foi seguido pelos desembargadores Paulo da Cunha e Juvenal Pereira.

 

Além de Cleber, também foram alvos da ação, deflagrada em agosto, os tenentes-coronéis da PM Marcos Paccola, Sada Ribeiro Parreira, o sargento Berison Costa e tenente Cleber Thiago Satiro Albino. Todos eles, com exceção de Cleber, já foram soltos pela Justiça. 

 

O Gaeco acusa o grupo de ter agido para ocultar provas de que a arma de Cleber foi utilizada em três homicídios e quatro tentativas de homicídio praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários. 

 

Em seu voto, o relator citou que apesar do Tribunal de Justiça já ter ordenado a soltura dos outros alvos da ação, o caso do tenente é diferente.

 

Marcos Machado citou que ele é de "alta periculosidade" e, inclusive, foi preso na Operação Assepsia, deflagrada em julho pela Polícia Civil, acusado de facilitar a entrada de celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE).  

 

“A prisão específica está fundada na questão delitiva. Ele já havia sido preso antes por causa daqueles celulares na Penitenciaria Central, além de disparo de arma de fogo. Esse policial realmente merece um tratamento distinto, por isso estou mantendo a decisão [da prisão]. Ordem, portanto, denegada”,  afirmou o magistrado. 

 

Em setembro, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou os cincos militares pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações.

 

Além da condenação pelos crimes praticados, o Ministério Público requereu que, ao final da ação penal, seja decretada a perda definitiva do cargo público dos cinco réus.

 

Cleber já é réu na ação penal derivada da Operação Assepsia. 

  

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